Revolta toma conta dos novaiorquinos quatro dias após Sandy
NOVA YORK, 2 Nov 2012 (AFP) -Quatro dias após a devastação provocada pela supertempestade Sandy, a revolta toma conta da população de Nova York diante da falta de eletricidade e das filas intermináveis nos postos de gasolina.
Quatro dias antes da eleição presidencial, o número de vítimas da supertempestade subiu para 41 mortos em Nova York, segundo a polícia.
A imprensa local criticou o prefeito Michael Bloomberg por manter a Maratona de Nova York no domingo, enquanto milhares de cidadãos ainda tremem com os pés na água, o que motivou finalmente o cancelamento da prova.
"Abuse of power" (trocadilho com "abuso de poder" e "desvio de energia") era a manchete desta sexta-feira do New York Post com uma foto de geradores colocados pelos organizadores da prova.
No final da tarde, Bloomberg informou: "Decidimos cancelar a maratona de Nova York. O New York Road Runners (clube que organiza a corrida) fornecerá informações adicionais aos inscritos nos próximos dias. Não queremos correr o risco de ter problemas com os participantes e preferimos anular a corrida".
Apesar da mobilização de emergência e o anuncio da distribuição de um milhão de refeições às populações vulneráveis, a frustração é intensa nas áreas mais afetadas, como Staten Island.
As críticas atingem especialmente os fornecedores de eletricidade, que lutam para restabelecer milhares de linhas derrubadas pelos ventos ou varridas pelas inundações. Sem eletricidade, a água não chega aos arranha-céus, o aquecimento falta e as linhas do metrô continuam sem funcionar nos bairros afetados.
Ao menos 100 mil clientes nas áreas de Chelsea, East Village e Lower East Side voltaram a ter energia elétrica nesta sexta-feira, segundo a Con Edison, principal distribuidora de Nova York, que já restabeleceu o fornecimento para 170 mil residências desde a quinta-feira passada.
Mas 350 mil clientes permanecem sem luz em Nova York, apesar da promessa da Con Edison de restabelecer o fornecimento em todo o sul de Manhattan nas próximas horas.
A Con Edison admite que a volta da energia elétrica a certas áreas da cidade, como Queens e Staten Island, pode tardar até 11 de novembro.
A companhia recrutou milhares de técnicos adicionais, por vezes, da Califórnia. Mas eles precisam trabalhar com segurança e com o maior cuidado, já que ainda existem milhares de fios no chão, 500 estradas bloqueadas em Nova York e milhares de subsolos de edifícios em Manhattan, inundados.
O governador Andrew Cuomo não mediu palavras na noite quinta-feira ao dizer aos fornecedores: "as promessas não são suficientes, precisamos de resultados". Ele também alertou os comerciantes a não procurar tirar partido da situação para aumentar seus preços.
Táxis sem gasolina Quanto ao transporte, os ônibus circulam normalmente e o metrô e trens suburbanos retomam os serviços de forma gradual, com a reabertura nesta sexta-feira das linhas para Long Island (leste) e os subúrbios do norte.
Mas o metrô, que normalmente transporta 5,5 milhões de passageiros por dia, não passa da 34th Street, e o sul de Manhattan continua sem eletricidade.
Para reduzir o congestionamento, a polícia controlará estritamente um "esquema de carona" obrigatório (pelo menos três pessoas por veículo) nas pontes que levam a Manhattan: um policial verifica no interior do veículo se o número de passageiros é o mínimo necessário, caso contrário o carro é desviado.
A New York Taxi Commission, que gere a frota de milhares de táxis em Nova York, advertiu que devido à falta de combustível, os famosos táxis amarelos são menos numerosos nas ruas nesta sexta-feira.
O problema número um ainda é encontrar combustível, especialmente nos subúrbios e em pequenas cidades de Nova Jersey, onde não se pode viver sem um carro. A paciência dos motoristas, que chegam a enfrentar três horas de fila para encher seu tanque ou recipiente para seu gerador, está acabando e há relatos de confrontos e tentativas de furto.
Em Nova Jersey, onde Sandy provocou enormes estragos, a falta de eletricidade ainda atinge 1,5 milhão de pessoas, com um saldo de 14 pessoas mortas.
As autoridades locais advertem o perigo do uso de geradores: cinco pessoas morreram desde segunda-feira, envenenados por monóxido de carbono.
Quatro dias antes da eleição presidencial, o número de vítimas da supertempestade subiu para 41 mortos em Nova York, segundo a polícia.
A imprensa local criticou o prefeito Michael Bloomberg por manter a Maratona de Nova York no domingo, enquanto milhares de cidadãos ainda tremem com os pés na água, o que motivou finalmente o cancelamento da prova.
"Abuse of power" (trocadilho com "abuso de poder" e "desvio de energia") era a manchete desta sexta-feira do New York Post com uma foto de geradores colocados pelos organizadores da prova.
No final da tarde, Bloomberg informou: "Decidimos cancelar a maratona de Nova York. O New York Road Runners (clube que organiza a corrida) fornecerá informações adicionais aos inscritos nos próximos dias. Não queremos correr o risco de ter problemas com os participantes e preferimos anular a corrida".
Apesar da mobilização de emergência e o anuncio da distribuição de um milhão de refeições às populações vulneráveis, a frustração é intensa nas áreas mais afetadas, como Staten Island.
As críticas atingem especialmente os fornecedores de eletricidade, que lutam para restabelecer milhares de linhas derrubadas pelos ventos ou varridas pelas inundações. Sem eletricidade, a água não chega aos arranha-céus, o aquecimento falta e as linhas do metrô continuam sem funcionar nos bairros afetados.
Ao menos 100 mil clientes nas áreas de Chelsea, East Village e Lower East Side voltaram a ter energia elétrica nesta sexta-feira, segundo a Con Edison, principal distribuidora de Nova York, que já restabeleceu o fornecimento para 170 mil residências desde a quinta-feira passada.
Mas 350 mil clientes permanecem sem luz em Nova York, apesar da promessa da Con Edison de restabelecer o fornecimento em todo o sul de Manhattan nas próximas horas.
A Con Edison admite que a volta da energia elétrica a certas áreas da cidade, como Queens e Staten Island, pode tardar até 11 de novembro.
A companhia recrutou milhares de técnicos adicionais, por vezes, da Califórnia. Mas eles precisam trabalhar com segurança e com o maior cuidado, já que ainda existem milhares de fios no chão, 500 estradas bloqueadas em Nova York e milhares de subsolos de edifícios em Manhattan, inundados.
O governador Andrew Cuomo não mediu palavras na noite quinta-feira ao dizer aos fornecedores: "as promessas não são suficientes, precisamos de resultados". Ele também alertou os comerciantes a não procurar tirar partido da situação para aumentar seus preços.
Táxis sem gasolina Quanto ao transporte, os ônibus circulam normalmente e o metrô e trens suburbanos retomam os serviços de forma gradual, com a reabertura nesta sexta-feira das linhas para Long Island (leste) e os subúrbios do norte.
Mas o metrô, que normalmente transporta 5,5 milhões de passageiros por dia, não passa da 34th Street, e o sul de Manhattan continua sem eletricidade.
Para reduzir o congestionamento, a polícia controlará estritamente um "esquema de carona" obrigatório (pelo menos três pessoas por veículo) nas pontes que levam a Manhattan: um policial verifica no interior do veículo se o número de passageiros é o mínimo necessário, caso contrário o carro é desviado.
A New York Taxi Commission, que gere a frota de milhares de táxis em Nova York, advertiu que devido à falta de combustível, os famosos táxis amarelos são menos numerosos nas ruas nesta sexta-feira.
O problema número um ainda é encontrar combustível, especialmente nos subúrbios e em pequenas cidades de Nova Jersey, onde não se pode viver sem um carro. A paciência dos motoristas, que chegam a enfrentar três horas de fila para encher seu tanque ou recipiente para seu gerador, está acabando e há relatos de confrontos e tentativas de furto.
Em Nova Jersey, onde Sandy provocou enormes estragos, a falta de eletricidade ainda atinge 1,5 milhão de pessoas, com um saldo de 14 pessoas mortas.
As autoridades locais advertem o perigo do uso de geradores: cinco pessoas morreram desde segunda-feira, envenenados por monóxido de carbono.
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