SERGIO DE MATOS

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domingo, 12 de agosto de 2012

AS ULTIMAS NOTICIAS DA CÔRTE TUPINIKIM DOS QUINTOS DOS INFERNOS


11/08/2012
 às 6:09

LEIAM ABAIXO

— Dilma quer o ITA fora do sistema de cotas que ela deve aprovar. A picaretagem intelectual está comprovada! Qual é a tese, presidente? Seria só covardia?;
— Governanta, até quando o ITA e o IME continuarão a ser redutos da competência de direita? É preciso levar pra lá a incompetência generosa das esquerdas!;
— Dilma tenta isolar centrais e negociar diretamente com servidores;
— Servidores prometem intensificar greves na semana que vem para pressionar governo;
— Ação civil pede bloqueio dos bens do ministro Pimentel;
— Ofereço este documento ao Supremo: o dia em que Zé Dirceu confessou! Podem agregar aos autos! Foi dado o direito ao contraditório! É ele próprio falando!;
— Produtores rurais batem recorde na produção de grãos plantando em área que corresponde à metade das reservas indígenas, onde só se produz mistificação! Ou: 13% do território brasileiro para 0,26% da população;
— É, leitor, cada vez mais, o bom negócio é ser índio. Comece a pensar no assunto;
— Cotas sociais e raciais nas universidades chegam à fase da estupidez absoluta. Dilma vai endossar um crime contra a educação e contra os pobres. — Algumas polianas do cotismo agora se assustam. É mesmo, é? STF responde em parte por absurdo!;
— Fazendo perguntas regimentais, objetivas e técnicas, Joaquim Barbosa desmonta defesa de Pizzolato e, se querem saber, complica a situação de muitos outros réus. Vejam por quê;
— Advogado de Dirceu, que usou apenas 45 minutos dos 60 que tinha, entrega um novo texto ao Supremo insistindo na inocência do cliente;
— Uau! Eu anuncio a existência de uma professora jovem, inteligente, independente e da USP!!!:
— A greve dos servidores e o recado do PT sindical a Dilma;
— Fernando Haddad, o irresponsável! Ou: Baixaria chega junto com Lula;
— Homofobia, antissemitismo, vigarice política e burrice pura e simplesmente
Por Reinaldo Azevedo
11/08/2012
 às 5:57

Dilma quer o ITA fora do sistema de cotas que ela deve aprovar. A picaretagem intelectual está comprovada! Qual é a tese, presidente? Seria só covardia?

Publiquei na noite de quinta um primeiro texto sobre o absurda lei que institui cotas sociais e raciais de 50% nas instituições federais de ensino. Para quem não leu, o link está aqui. Mantenho no alto da home os dois outros posts que escrevi a respeito na noite de ontem. O absurdo, afinal, é ainda maior do que parecia inicialmente. 
*
Ai, ai…
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o famoso ITA, é uma das escolas mais seletivas do país. Não por acaso. O Brasil avançou bastante nessa área, e muito se deve, sim, ao ITA, que valoriza de modo obsessivo o mérito. Trata-se de uma instituição federal. Como tal, deveria, então, reservar 50% de suas vagas a alunos das escolas públicas — segundo a lei que Dilma quer sancionar —, metade das quais para alunos que pertençam a famílias cuja renda per capita é de até 1,5 salário mínimo. Tanto esses 25% de vagas quanto os outros têm de ser preenchidos segundo a cor da pele do estado em que a escola se encontra. O ITA fica em São José dos Campos, São Paulo. Segundo o Censo de 2010, o estado tem 41.262.199 habitantes. Do total, 63,9% se autodeclaram brancos, 29% se dizem pardos e 5,5 se dizem negros.
Durante a tramitação da lei, o Ministério da Defesa, ao qual o ITA (que é da Aeronáutica) é administrativamente ligado, deu um jeitinho de negociar o texto (íntegra aqui). Estarão sujeitas às cotas apenas as instituições de ensino “vinculadas ao Ministério da Educação”. Ocorre que o ITA, lamento, é vinculado, sim, ao MEC — ou não é esse ministério que dá fé aos diplomas lá expedidos?
É agora? O ITA conta, sim, com alunos oriundos do ensino público: 30% estudaram em escolas estaduais, e 7,3%, em federais. Mas passaram no concorridíssimo vestibular da instituição — QUE TAMBÉM NÃO USA O ENEM PARA ADMITIR ALUNOS, A EXEMPLO DO QUE FAZEM AS UNIVERSIDADES FEDERAIS.
Se faltasse alguma coisa para evidenciar a má-fé, a pilantragem intelectual e a demagogia da lei, já não falta mais nada. O próprio governo Dilma Rousseff, que quer instituir esse aloprado regime de cotas sociais e raciais nas universidades federais, na proporção estratosférica de 50% das vagas — ignorando até mesmo a nota do Enem (serão usadas as médias obtidas no segundo grau) —, está a dizer: “Ah, gente, no curso que consideramos realmente sério e importante, o do ITA, não vamos mexer; continuará com o seu vestibular de sempre. Afinal, engenharia aeronáutica é coisa muito complicada!”.
É inacreditável! Essa estupidez passou pela Câmara. Essa estupidez passou pelo Senado! Parlamentares hoje se borram de medo dos ditos “movimentos sociais” e mesmo de setores engajados da imprensa. Elio Gaspari deveria, agora, oferecer uma resposta no caso do ITA. E aí?
Porque recebe alguns dos alunos mais preparados do país — e, infelizmente, há mais candidatos do que vagas —, o ITA pode ministrar um curso de alta performance. A coisa por lá é tensa no que respeita ao desempenho intelectual. E assim é nos centros tecnológicos mais avançados do mundo. Ao ITA, recebendo, por óbvio, alunos muitos menos preparados, restaria, caso aderisse ao modelo, uma de duas alternativas:
a) rebaixar o seu padrão de exigência, o que significaria, por óbvio, queda da qualidade num tempo muito curto e migração das melhores cabeças, então, para cursos privados de alta performance — existem;
b) manter o seu padrão de exigência e excluir, na prática, logo no primeiro ano, os menos preparados. A escola manteria a excelência, mas formaria menos engenheiros aeronáuticos.
Escolha, Gaspari: formar o atual número de bons engenheiros, formar o mesmo número de engenheiros mais ou menos; formar menos engenheiros preparados. Qual a melhor alternativa, visto o mundo à luz daquela sua teoria da luta de classes, relida à luz dos Elevadores Atlas (andar de cima, andar de baixo…)? 
E tudo para atender a esse aloprado critério de “justiça social e racial”, que delegou às universidades públicas o papel de acabar com as desigualdades. Ainda que Dilma venha a sancionar aquela porcaria, o ITA deve ficar de fora, o que denuncia a desfaçatez da proposta.
Por que há de valer para os demais cursos do país o que não vai valer para o ITA? Só porque, administrativamente, ele está subordinado à Defesa? É medo da farda? Dona Dilma Rousseff tem certeza de que 25% das vagas do curso de Medicina da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), um dos mais concorridos do país, devem ser ocupadas por estudantes oriundos do ensino público e de famílias com renda per capita de até 1,5 mínimo? Mas atenção: nesse grupo, 29% têm de ser pardos, e 5,5% negros. Na hipótese de haver mais gente do que vagas, aí se recorre à nota (não ao Enem, reitero!) que eles tiveram no ensino médio. Quem pegou a escola mais chulé, que exigia menos, sai na frente.  É o milagre da seleção dos menos aptos. Pergunta óbvia: um aluno com esse perfil, fazendo um curso em tempo integral, vai se sustentar como? Tem de morar, comer, se vestir, tomar um Chicabon de vez em quando…
“Ah, Reinaldo quer perpetuar a desigualdade!”, diz o idiota. O idiota, por alguma razão, se considera mais humanista do que eu! Não! Reinaldo acha — e eu sei que demora! — que é preciso qualificar a escola pública para dar aos mais pobres condições de competir. E acha, adicionalmente, que mesmo as universidades públicas precisam cobrar mensalidade de quem pode pagar, ora essa! Não! Eu não quero me conformar com o quadro atual e pronto! E qual é ele? Na média, os ricos estão em cursos gratuitos de alta performance, e os pobres estão pagando (ou o ProUni paga por eles) para estudar em faculdades de terceira ou quarta linha — lá onde só se usam cuspe e giz — e olhem lá.
É claro que é preciso pensar políticas públicas que mudem essa situação. Para tanto, não é necessário destruir o ensino público federal com a vigarice política, a má-fé intelectual e a demagogia arreganhada!
Ou o ITA participa dessa patuscada — e aí quero ver o resultado —, ou a pilantragem está consumada, senhora Dilma Rousseff, senhor ministro Aloizio Mercadante!
Vocês estão onde estão também para contrariar a militância organizada quando suas reivindicações atentam contra os interesses do povo brasileiro. E é o caso. Deixem de ser covardes!
Texto originalmente publicado às 20h36 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo
11/08/2012
 às 5:41

Governanta, até quando o ITA e o IME continuarão a ser redutos da competência de direita? É preciso levar pra lá a incompetência generosa das esquerdas!

Ah, sim: também o IME (Instituto Militar de Engenharia), que pertence ao Exército, está fora do regime de cotas, segundo os mesmos critérios que vai excluir o ITA (ver post anterior).
A propósito, o IME também não recorre ao Enem e a outros facilitários, não, tá? Quem quiser se candidatar tem mesmo é de fazer vestibular. Os interessados devem clicar aqui. As inscrições foram abertas no dia 16 de julho e vão até 3 de setembro. A primeira fase será realizada no dia 15 de outubro. O IME chama a seleção de “Exame Intelectual”. Daqui a pouco, alguém no governo vai pedir para mudar o nome porque cheira a preconceito, né?
No post anterior, esqueci de publicar o link para quem quiser concorrer ao vestibular do ITA. Está aqui. A propósito: as inscrições foram abertas nesta sexta e se estendem até o dia 15. As provas já estão com datas marcadas: 11/12 (física); 12/12 (português e inglês); 13/12 (matemática); 14/12 (química). O ITA informa que a nota final é definida mesmo pela média aritmética das várias provas. Nada daquelas charadas gregas do Enem. Uma parte é teste, a outra é dissertativa.
O IME e o ITA, em suma, assumiram um estranho critério para selecionar seus alunos. São tão esquisitos, mas tão esquisitos, que, por lá, eles consideram que sabe quem sabe e não sabe quem não sabe!!! Na hora de escolher entre os que sabem, são ainda mais estranhos: ficam com os que sabem… mais!!! A nota de corte no ITA, no vestibular passado, numa escala de zero a 10, foi de 7,05! É muita injustiça çoçial, né, governanta?
Pô, o ITA e o IME ficam formando engenheiros competentes em vez de produzir igualdade? Isso precisa acabar! Eles deveriam é formar prosélitos da justiça social, ainda que os aviões despencassem, as pontes caíssem, o país afundasse.
O ITA e o IME não podem continuar a ser esses redutos de competência “de direita”, dona Dilma! É preciso levar pra lá a metafísica da incompetência de esquerda, mas com um graaande coração! Afinal, quem a matemática pensa que é para desafiar as boas intenções, governanta?
texto originalmente publicado às 21h49 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo
11/08/2012
 às 5:29

Dilma tenta isolar centrais e negociar diretamente com servidores

Por João Domingos, no Estadão:Pressionada pela série de paralisações pelo País, a presidente Dilma Rousseff pretende isolar a CUT e outras centrais que comandam as greves em 30 setores do governo federal com as negociações em separado com os servidores.
A estratégia é neutralizar o poder de mobilização das entidades.Dentro do governo, as informações de bastidores são de que a presidente está muito irritada com a CUT, braço sindical do PT, por entender que, de todas as entidades representativas de trabalhadores, deveria ser a primeira a compreender o momento de crise econômica mundial e a queda na arrecadação de impostos.
A CUT, porém, “fugiu do controle”, na avaliação de integrantes do governo. A central sindical é ligada à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), um dos principais pilares da greve. A entidade tem entre seus associados os sindicatos de servidores federais e os que controlam as grandes agências reguladoras.
No caso dos professores e servidores universitários, os primeiros a entrar em greve, ainda em maio, a central que comanda a mobilização é a Conlutas, controlada pelo PSTU e pelo PSOL, partidos de oposição a Dilma.
Por Reinaldo Azevedo
11/08/2012
 às 5:27

Servidores prometem intensificar greves na semana que vem para pressionar governo

No Globo:
Os movimentos de greve do funcionalismo público que se espalham pelo país já atingem em cheio setores-chave da economia, afetando do comércio exterior à arrecadação de impostos, passando pela emissão de passaportes e o trânsito de passageiros nos aeroportos. Depois dos repetidos recados da equipe econômica de que não será possível ceder aos pedidos dos grevistas, os servidores públicos federais decidiram enfrentar a presidente Dilma Rousseff e avisaram que vão radicalizar na próxima semana, com manifestações ainda maiores.
Preocupados com o prazo para o envio da proposta orçamentária ao Congresso Nacional (31 de agosto), os servidores vão montar acampamento na terça-feira em frente à Catedral de Brasília e, na quarta, prometem parar a Esplanada dos Ministérios. Na segunda-feira, a agenda da presidente abre com uma reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, sobre as greves.
Só a paralisação dos funcionários do Ministério da Agricultura, que começou na segunda-feira, pode ter um impacto de US$ 10 bilhões por mês sobre as exportações, segundo dados elaborados pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) a pedido do GLOBO. Antes mesmo da greve, o mercado já previa queda em comparação a 2011, em função da crise financeira global. O prejuízo mensal equivale a cerca de metade dos benefícios concedidos pelo Executivo ao setor produtivo no programa de estímulo Brasil Maior.
Em vista dessa ameaça, o governo obteve liminar na Justiça obrigando os servidores da Agricultura a voltarem ao trabalho. O sindicato recorreu. Esse setor ainda não havia sido afetado pela greves da Receita Federal e da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciadas há mais tempo. Isso porque 90% das exportações são pelo chamado canal verde e não dependem desses órgãos.
Mas Dilma mostrou que não está disposta a ceder. Em evento em Rio Pardo de Minas (MG), ela lembrou que o mundo enfrenta hoje uma grave crise econômica.
— Hoje estamos enfrentando uma crise no mundo. O Brasil sabe, porque tem os pés no chão, que ele pode e vai enfrentar a crise. O que o meu governo vai fazer é assegurar emprego para aquela parte da população que é mais frágil, que não tem direito à estabilidade, que sofre porque pode e esteve muitas vezes desempregada — afirmou Dilma, em meio a vaias de grevistas de universidades e institutos federais, numa referência ao regime dos servidores.
Sobre as greves, a AEB aponta ainda impacto negativo sobre as importações. Em julho, cerca de US$ 2,3 bilhões teriam deixado de ingressar no país. Isso poderia ajudar a manter o superávit comercial em meio à queda das exportações, mas 65% do que o país importa são bens de capital e matérias-primas para a indústria. A média diária das importações na primeira semana de agosto caiu ao menor nível de 2012: US$ 785 milhões.
Pelas contas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a operação-padrão deve provocar prejuízo de R$ 7 bilhões em apenas um mês — R$ 6 bilhões em autos de infração e R$ 1 bilhão que deixou de ser lançado nas contas do Fisco nas operações de comércio exterior. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) orientou os dirigentes sindicais nos estados a intensificarem a mobilização. Isso deve prejudicar ainda mais as fiscalizações nos portos e o trânsito nos aeroportos.
— Cobramos diariamente o governo, mas ele ainda não sinalizou com uma proposta. Vamos fazer mais uma semana de protestos — afirmou o secretário-geral da Condsef, Josemilton Costa.
Nas contas dos sindicatos, hoje há 350 mil trabalhadores. Mas o governo calcula que esse número não ultrapassa 80 mil.
Segundo o Sindifisco, dos 11.500 servidores em todo o país, os 2.400 que trabalham nas aduanas não pararam. Mas, com o ritmo menor de trabalho, a inspeção e liberação de uma carga, que levava em média 24 horas, demora até 5 dias. O sindicato garante, porém, que cargas perecíveis, itens hospitalares e medicamentos não entram na fila.
O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) diz que cerca de 70% dos 3.200 fiscais aderiram à greve e admite que isso pode emperrar as exportações. E, além da inspeção e liberação de produtos nos portos, aeroportos e fronteiras, os fiscais atuam dentro dos frigoríficos e produtores de alimentos, fiscalizando e concedendo o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Na PF, o sindicato estima que estejam parados 80% dos quase 9 mil policiais federais.
A paralisação dos fiscais agropecuários afeta a produção e causa perdas aos frigoríficos de Santa Catarina, o maior produtor e exportador de aves e suínos do país. O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do estado (Sindicarne) estima perdas de US$ 5 milhões ao dia. Há mais de uma semana, apenas 30% dos produtos destinados à exportação das unidades fabris catarinenses estão sendo liberados nos portos.
— Se a situação persistir até segunda-feira, as 23 empresas de Santa Catarina terão de parar a produção — advertiu ontem o presidente do Sindicarne, Clever Pirola Ávila.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
11/08/2012
 às 5:25

Ação civil pede bloqueio dos bens do ministro Pimentel

Por Eduardo Kattah, no Estadão:A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais pediu a indisponibilidade dos bens do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), e do secretário municipal de Segurança Urbana e Patrimonial de Belo Horizonte, Genedempsey Bicalho Cruz, até o limite de R$ 481,3 mil para o ressarcimento de suposto dano ao erário.
O MP estadual ajuizou no dia 25 ação civil por atos de improbidade administrativa contra Pimentel e o secretário por ordenarem, em 2006, a compra de armas de fogo e munições para uso da Guarda Municipal. O atual ministro era na época prefeito de Belo Horizonte e Bicalho Cruz já ocupava o atual cargo.
No pedido de liminar, os promotores que subscrevem a ação solicitam também a quebra de sigilo fiscal para garantir o ressarcimento aos cofres públicos dos valores gastos com 300 revólveres calibre 38, 50 pistolas automáticas modelo 380 e 13.800 unidades de munições. O MP afirma que as munições foram adquiridas com dispensa ilegal de licitação.
Por empecilho legal – previsto no Estatuto do Desarmamento -, porém, os armamentos e as munições foram entregues na época à Polícia Militar mineira, onde permanecem estocadas. A Polícia Federal em Brasília havia autorizado o porte de arma para a Guarda, mas a pedido da PF em Minas a Justiça Federal chegou a deferir um mandado de busca e apreensão contra a instituição por crime de porte ilegal de arma.
A Promotoria aponta na ação que, “inegavelmente”, houve “mau uso dos recursos públicos com a aquisição precipitada de armas e munições para a Guarda Municipal, a qual não detinha e não detém o indispensável porte de arma para uso dos produtos”.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
10/08/2012
 às 18:54

Ofereço este documento ao Supremo: o dia em que Zé Dirceu confessou! Podem agregar aos autos! Foi dado o direito ao contraditório! É ele próprio falando!

José Luis de Oliveira Lima, advogado de José Dirceu, mandou um novo texto ao Supremo asseverando a inocência do seu cliente. Teve uma hora para fazê-lo, usou apenas 45 minutos, mas decidiu, de novo, ser notícia. A presunção de sempre é a de que, como chefe da Casa Civil, o Zé, não sabia o que ia pelo partido — e, bem…, nem pelo governo. Em 2007, ele concedeu uma entrevista à revista Playboy — que está reproduzida em seu próprio site.
Destaco três trechos em vermelho e comento em azul:
PLAYBOY – O senhor não parece muito à vontade ao falar da sua atividade de consultor.
José Dirceu – 
A lei me obriga ao sigilo e à confidencialidade, tanto no escritório de advocacia como aqui. Fazem campanha para me prejudicar. A minha vida é pública, eu continuo fazendo política, então é natural que escrevam e falem de mim. A minha atividade como consultor está totalmente legal, faz dois anos que saí do governo. Eu esperei um ano e meio. Posso fazer qualquer atividade.
PLAYBOY – Ter passado pelo governo que continua no poder não ajuda?
José Dirceu -
 O Fernando Henrique pode cobrar 85 mil reais por palestra, e eu não posso fazer consultoria? No fundo, o que eu faço é isso: analiso a situação, aconselho. Se eu fizesse lobby, o presidente saberia no outro dia. Porque no governo, quando eu dou um telefonema, modéstia à parte, é um telefonema! As empresas que trabalham comigo estão satisfeitas. E eu procuro trabalhar mais com empresas privadas que com empresas que têm relação com o governo.
ComentoViram só? “No governo, quando eu dou um telefonema, modéstia à parte, é um telefonema!” O sentido parece claro a qualquer leitor, não? O Zé deixou confessou que, mesmo como consultor — lobista é o nome —, era especialmente ouvido. Ora, no governo e no partido, um “telefonema do Zé sempre foi… um telefonema!” Numa democracia um pouco mais avançada e decorosa do que a nossa, Dilma Rousseff, que era, então, a chefe da Casa Civil, teria sido chamada ao Congresso para explicar a fala deste senhor. Em seguida, ele emenda que as empresas que trabalham com ele estavam satisfeitas. Por que não estariam, não é mesmo?
Nota: não sei se FHC cobrava aquilo por palestra — nem interessa. De toda sorte, ex-presidente da República, satanizado permanentemente por petistas, os que o convidavam certamente não estavam interessados em favores oficiais. Afinal, um telefonema do tucano NÃO ERA um telefonema! Lula, como ex-presidente, passou a cobrar R$ 500 mil por palestra. Por que cobrava muito mais do que o antecessor? Os petralhas vão dizer que é porque ele é mais amado, mais competente, mais inteligente. Bem, se um telefonema do Zé é um telefonema, um telefonema de Lula é uma ordem. Vale, pois, R$ 500 mil. 
Vejam, pois, senhores ministros do Supremo, como esses pobres coitados nunca sabem de nada. Mas calma! Há dois outros trechos da entrevista.
PLAYBOY – Ainda sobre alianças: o presidente Lula errou ao dizer que daria um cheque em branco ao Roberto Jefferson (PTB-RJ)?
José Dirceu -
 Nem sei se ele disse isso. Essas coisas viram dito pelo não dito. Mas o Lula não dá cheque em branco pra ninguém. Não é da natureza dele. Pelo contrário, ele delega, mas controla, cobra. Ele é um presidente da República que tem controle sobre tudo o que está acontecendo. O Lula trabalha, chega cedo e sai tarde. E quem acha o contrário, ótimo. Porque vai subestimar o Lula e vai nos subestimar.
PLAYBOY – Mas então ele sabia do caixa dois, do dossiê fajuto contra os tucanos, não?
José Dirceu – [Irritado.] 
- Não está sob atribuição da Presidência da República. Isso não era matéria de governo, era de partido. Tanto é que o país reconheceu isso, o TSE reconheceu. Presidente da República não pode ser responsabilizado. Aliás, eu não posso ser responsável como ministro da Casa Civil por nada que aconteceu no PT, nada que aconteceu no
 Congresso. Por isso que eu sou inocente. Não há como me responsabilizar.
VolteiEntenderam? Reconheceram ali a defesa de Oliveira Lima? Ela repete a ladainha de 2007. A tese, no fundo, é a seguinte: como ele era chefe da Casa Civil e não tinha responsabilidade funcional no PT, então é inocente. Como Lula era presidente da República, então é inocente. Trata-se de uma inversão perniciosa do sentido de um fundamento do direito. NINGUÉM PODE SER RESPONSABILIZADO POR ISSO OU POR AQUILO SÓ EM RAZÃO DO CARGO QUE OCUPA. Certo!  No caso do Zé, ficou claro que o exercício desse cargo convivia com o estrito controle do PT. As duas coisas estavam imbricadas. Eis o ponto. Era ele quem operava e sacramentava as alianças — justamente com os partidos (e seus parlamentares) que estavam recebendo o dinheiro do mensalão.
Zé Dirceu é um tipo muito particular: ele quer que lhe reconheçam o poder, o prestígio e a influência nas coisas que lhe servem para estufar o peito. Quando se trata de responsabilidades, ele pula fora. Agora vamos ao terceiro trecho:
PLAYBOY – O senhor disse que o presidente Lula não passa cheque em branco pra ninguém. E o senhor?
José Dirceu -
 Pra ninguém.
PLAYBOY – Nem pra sua mãe?
José Dirceu -
 Pra ela eu dou dinheiro vivo.
ComentoO comandante-geral do PT, aquele que cuidava de tudo, o que sacramentava as alianças, bem, ele não dava cheque em branco para ninguém. Lula também não! Certo! Então quem dava um “cheque em branco” para Delúbio? Vejam que coisa fabulosa! Lula não sabia de nada. Dirceu não sabia de nada, embora ambos sempre fizessem questão de saber de tudo!. É um enigma.
E uma ironia: considerado que o mensalão foi o espetáculo por excelência do dinheiro vivo, a gente nota que o Zé não teme mesmo a piada, né?
Para encerrarA defesa de José Dirceu anda a reclamar que a Procuradoria Geral da República usou testemunhos da CPI, que não teriam sido submetidos ao contraditório etc. e tal. Sei. Ofereço essa entrevista do Zé ao Supremo, para que seja agregada aos autos. Afinal, ninguém poderia falar melhor pela defesa do que o próprio réu, não é? E, como se nota, o que se tem acima é uma confissão.
Por Reinaldo Azevedo
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