Siddhartha Gautama
Siddhartha Gautama Buda
Siddhartha Gautama nasceu no século VI A.C., aproximadamente a 2.500 anos (565 A.C.- 486A.C. ), na cidade de Kapilavastu, na região onde é agora o Nepal. Seu pai, Suddhodana e sua mãe Mahamaya ( pertencentes à casta Kshatriyas - de governantes e guerreiros) eram o rei e rainha do povo Sakya próximo à fronteira ao norte a Índia. Quando a rainha tinha dezesseis anos ela sonhou que um elefante de seis trombas e a partir daquele instante, ela sentiu uma grande mudança, sentindo uma enorme paz. Ela quis ir para um retiro e o rei assim o permitiu. Ela foi se estabelecer em uma grande floresta lá permanecendo por nove meses e dez dias quando seu filho nasceu, o rei e a rainha levaram a criança a um grande visionário que predisse que esta criança se tornaria um grande rei se ele tomasse o caminho mundano, ou um Buda se ele tomasse um caminho espiritual.
Sete dias depois de seu nascimento a rainha Maya faleceu. Mahaprajapati, a irmã de Maya cuidou de Siddhartha.
Siddhartha, que significa "aquele cujos objetivos são conquistados", cresceu vivendo uma vida opulenta e extravagante como um jovem príncipe pois seu pai determinado em perpetuar a sua descendência real, fez tudo a seu alcance para preparar o jovem Siddhartha para a vida de um grande governante. Ele foi tutorado por mestres cuidadosamente escolhidos de todos os campos do conhecimento e das artes, tradicional à realeza Indiana da época, e Ele se excedeu tanto em Seus estudos que acabou se tornando um professor de seus próprios tutores.
De acordo com os costumes, ele se casou com a idade de 16 anos com a jovem Yasodhara. Seu pai num esforço de protegê-lo de toda infelicidade providenciara todo tipo de diversão, mas Siddhartha era introspectivo por natureza e freqüentemente se afastava da companhia de seus amigos e família para se sentar calmamente nos jardins que circundavam o palácio. Sentindo que seu filho crescia insatisfeito com uma vida luxuosa, e temendo que a profecia de Seu Budato poderia se realizar, o que conseqüentemente terminaria com a linhagem real, ordenara que ele vivesse uma vida em total isolamento sem poder jamais deixar as dependências do palácio.
Entretanto, os esforços de Seu pai foram em vão. E no florir de seus 29 anos, o Príncipe Gautama Siddhartha se torna inquieto e se aventura em quatro escapadas para fora dos limites do palácio onde vivia para se deparar com a cruel realidade de sofrimento inevitável da vida. Assim Ele se deparou com o que é conhecido no Budismo por "os quatro sinais". Saindo pelo Portão Leste no primeiro dia ele se depara com um velho decrépito. No segundo dia, passando pelo Portão Sul, ele encontra um homem sofrendo de uma doença terrível. No terceiro dia, saindo pelo Portão Oeste, ele vem a contemplar um defunto rodeado por parentes chorosos. E, profundamente afetado por tal visão da qual Ele havia sido, em toda sua vida, previamente poupado, Ele começou a questionar a natureza e causas do sofrimento. Em sua quarta escapada, saindo em direção ao Norte, Ele encontrou um monge que procurava por liberação. E assim, no dia seguinte, com a idade de 29 anos, ele parte a procura de uma solução deixando tudo para trás, sua vida opulenta de Príncipe, inclusive o seu recém nascido filho, que se chamava Rahula (que significa "impedimento") para levar uma vida de jejuns e meditação dos ascetas e determinar uma maneira de aliviar o sofrimento universal.
Acompanhado por seu vassalo, Chandaka, Siddhartha escapa do palácio uma noite enquanto todos dormiam. Depois de cavalgar por horas ele param só o tempo suficiente para Siddhartha trocar Suas roupas de príncipe e jóias pelas vestimentas simples de Chandaka. E pede Chandaka que retornasse à sua família real e os confortasse explicando que não havia razão para sentirem tristeza por Ele, uma vez que Ele estava se preparando para por um fim à velhice e à morte. Falando ainda que todos deviam se libertar de todo apego. E assim, com uma determinação inabalável, Siddhartha diz que não voltaria para casa até que tivesse encontrado a iluminação completa.
Por seis anos, Siddhartha levou uma vida espiritual e diligentemente estudou com vários mestres. Mas ele nunca estava verdadeiramente satisfeito. Num esforço para obter uma mente tranqüila, Ele seguiu os diferentes métodos de meditação iogues, que prevaleciam na Índia da época e se submeteu às práticas rigorosas dos ascetas, às margens do Rio Nairanjana, que culminaram num período de jejum radical que o deixou completamente debilitado. E mesmo tendo ficado à beira da morte durante o jejum, Sua mente era brilhante e clara. Lá lhe fizeram companhia, cinco homens santos que se juntaram à Ele na esperança de aprender com Seu exemplo.
Um belo dia, ao ouvir um barqueiro que passava no rio ensinando música à seu discípulo que dizia que as cordas de um instrumento se muito frouxas não emitiam um som adequado, e se muito esticadas elas arrebentavam. A partir daí, Ele encorajou o seu povo a seguir o caminho do equilíbrio e não do extremismo. A isto Ele chamou de o "Caminho do Meio". Naquele momento ele percebeu que as austeridades físicas não eram o caminho para se alcançar a liberação. Que privação excessiva não era o caminho para se alcançar iluminação. Ele concluiu que se o corpo fica debilitado por fome e sede, a calma interior não é possível. Assim, um dia, Ele aceita de uma jovem garota, uma tigela de arroz e um pouco de leite, quebrando o seu jejum. Os outros ascetas que tinham sido Seus companheiros durante os seis longos anos de austeridades decidiram que Ele deveria abandonar a vida religiosa e O expulsam de seu meio.
Siddhartha toma um banho ritualístico em um rio perto, e para confirmar sua percepção, ele colocar a tigela de arroz vazia sobre a água e pede que se ele estivesse certo, que a tigela subisse a correnteza. A tigela rodopiou e subiu. E assim, renovado, Ele ruma para Bodh Gaya. Lá, ao por do sol, Ele se senta na postura de lótus em uma almofada de grama sob uma gigantesca figueira (a árvore Bodh ou a árvore da Iluminação) para meditar, com os votos de só sair dali quando tivesse alcançado a iluminação, mesmo que seus ossos e carne apodrecessem.
Enquanto Sakyamuni meditava sob uma árvore, uma luz começa a brilhar no meio de sua testa. Mara, O Grande Mal, estremeceu: ele sabia que seu poder para desvirtuar a humanidade estava ameaçado. Durante a noite, muitas distrações surgiram, sede, luxuria, descontentamento e distrações de prazer. E ao longo de Sua concentração meditativa, Ele foi tomado por visões de incontáveis exércitos atacando-O com as mais terríveis armas. Mara enviara um exército de demônios para destruí-lo. Mas por causa de Sua meditação indestrutiva Ele pode converter negatividade em harmonia e pureza, as flechas lançadas se transformaram em flores. Algumas filhas de Mara apareceram, como belíssimas mulheres, para distraí-lo ou seduzí-lo. Outros assumiram formas de animais ferozes. Mas seus rosnados, ameaças e qualquer outra tentativa foram em vão para tirar Sakyamuni de sua meditação. e quando estas outras visões e distrações surgiram, com a estabilidade de Sua meditação, Ele permaneceu imóvel. Sentado em um estado de total absorção Ele alcança todos os graus de realização incluindo total onisciência, adquirindo o conhecimento de todo o Seu ciclo de mortes e renascimentos.
A terra tremeu e uma chuva caiu de um céu totalmente sem nuvens em resposta à Sua sua suprema conquista. Com o amanhecer Ele se levantou como Buda ou "O Iluminado", numa noite de lua cheia, com a idade de 35 anos. A partir deste dia, esta árvore ficou conhecida como a árvore Boddhi, a árvore da Iluminação. E, como ele estava sozinho com ninguém para testemunhar este momento glorioso, ele chama a própria terra como testemunha tocando o chão com a ponta dos dedos da mão direita num gesto chamado de Bhumisparsa.
Seus desejos e sofrimentos haviam terminado e como Buda Ele experienciou o Nirvana. e assim disse: "Existe uma esfera onde não é terra, nem água, nem fogo, nem ar... que não é nem este mundo e nem outro, nem sol e nem lua. Eu nego que esteja vindo ou indo, que permanece e que seja morte ou nascimento. É simplesmente o fim do sofrimento".
Nos quarenta e nove dias seguintes à sua iluminação, o Buda permaneceu em silêncio, evitando falar pois os outros jamais compreenderiam a natureza de Sua experiência. Eventualmente alguns seres dos reinos dos deuses requisitavam o Buda para ensinar a todos que eram capazes de compreender em resposta à seus pedidos. Ele foi para Benares onde Seus antigos companheiros estavam, no Deer Park. Quando eles O viram à distância, eles fizeram piadas, determinados a desmerecê-lo, mas à medida que Ele se aproximava todos eles viram a Sua forma radiante, e aí naturalmente o trataram com respeito. Quando eles O inquiriram por ensinamentos Ele começou a expor o Dharma. Estes ensinamentos foram chamados de O Sermão do Deer Park ou "Acionando a Roda da Doutrina" onde revelou que Ele havia se tornado um Buda, e descreveu os prazeres que havia conhecido como um príncipe e a vida de austeridade que havia praticado como asceta. E que nenhum destes era o verdadeiro caminho para o Nirvana. O verdadeiro caminho era o Caminho do Meio que o mantém livre e distante dos extremos.
"Satisfazer as necessidades da vida não é mal...Manter o corpo com saúde é um dever, porque de outra forma não poderemos manter a chama da sabedoria e a nossa mente forte e clara".
Durante 49 anos, até a idade de 80 anos, ele ensinou o Dharma que consistia nas "Quatro Verdades Nobres" e o "Caminho de Oito Passos", num esforço para ajudar outros seres a alcançar a iluminação. Numa de suas peregrinações, ele caiu terrivelmente enfermo após ter comido uma refeição oferecida por um ferreiro chamado Cuanda.
Já debilitado, viajou para Kushinagara onde se deitou sobre seu lado direito para descansar. Buda diz a Ananda: "Eu estou velho e o fim de minha jornada está próximo. Meu corpo é como um carro velho mantido junto com a ajuda de tiras de couro."E finalmente disse:" Tudo que foi criado está sujeito a deteriorar e morrer. Tudo é transitório. Trabalhem suas próprias salvação com diligência". Depois de passar por vários estados de meditação, Buda morreu alcançando o Parinirvana (o cessar da percepção e da sensação.
Siddhartha Gautama nasceu no século VI A.C., aproximadamente a 2.500 anos (565 A.C.- 486A.C. ), na cidade de Kapilavastu, na região onde é agora o Nepal. Seu pai, Suddhodana e sua mãe Mahamaya ( pertencentes à casta Kshatriyas - de governantes e guerreiros) eram o rei e rainha do povo Sakya próximo à fronteira ao norte a Índia. Quando a rainha tinha dezesseis anos ela sonhou que um elefante de seis trombas e a partir daquele instante, ela sentiu uma grande mudança, sentindo uma enorme paz. Ela quis ir para um retiro e o rei assim o permitiu. Ela foi se estabelecer em uma grande floresta lá permanecendo por nove meses e dez dias quando seu filho nasceu, o rei e a rainha levaram a criança a um grande visionário que predisse que esta criança se tornaria um grande rei se ele tomasse o caminho mundano, ou um Buda se ele tomasse um caminho espiritual.
Sete dias depois de seu nascimento a rainha Maya faleceu. Mahaprajapati, a irmã de Maya cuidou de Siddhartha.
Siddhartha, que significa "aquele cujos objetivos são conquistados", cresceu vivendo uma vida opulenta e extravagante como um jovem príncipe pois seu pai determinado em perpetuar a sua descendência real, fez tudo a seu alcance para preparar o jovem Siddhartha para a vida de um grande governante. Ele foi tutorado por mestres cuidadosamente escolhidos de todos os campos do conhecimento e das artes, tradicional à realeza Indiana da época, e Ele se excedeu tanto em Seus estudos que acabou se tornando um professor de seus próprios tutores.
De acordo com os costumes, ele se casou com a idade de 16 anos com a jovem Yasodhara. Seu pai num esforço de protegê-lo de toda infelicidade providenciara todo tipo de diversão, mas Siddhartha era introspectivo por natureza e freqüentemente se afastava da companhia de seus amigos e família para se sentar calmamente nos jardins que circundavam o palácio. Sentindo que seu filho crescia insatisfeito com uma vida luxuosa, e temendo que a profecia de Seu Budato poderia se realizar, o que conseqüentemente terminaria com a linhagem real, ordenara que ele vivesse uma vida em total isolamento sem poder jamais deixar as dependências do palácio.
Entretanto, os esforços de Seu pai foram em vão. E no florir de seus 29 anos, o Príncipe Gautama Siddhartha se torna inquieto e se aventura em quatro escapadas para fora dos limites do palácio onde vivia para se deparar com a cruel realidade de sofrimento inevitável da vida. Assim Ele se deparou com o que é conhecido no Budismo por "os quatro sinais". Saindo pelo Portão Leste no primeiro dia ele se depara com um velho decrépito. No segundo dia, passando pelo Portão Sul, ele encontra um homem sofrendo de uma doença terrível. No terceiro dia, saindo pelo Portão Oeste, ele vem a contemplar um defunto rodeado por parentes chorosos. E, profundamente afetado por tal visão da qual Ele havia sido, em toda sua vida, previamente poupado, Ele começou a questionar a natureza e causas do sofrimento. Em sua quarta escapada, saindo em direção ao Norte, Ele encontrou um monge que procurava por liberação. E assim, no dia seguinte, com a idade de 29 anos, ele parte a procura de uma solução deixando tudo para trás, sua vida opulenta de Príncipe, inclusive o seu recém nascido filho, que se chamava Rahula (que significa "impedimento") para levar uma vida de jejuns e meditação dos ascetas e determinar uma maneira de aliviar o sofrimento universal.
Acompanhado por seu vassalo, Chandaka, Siddhartha escapa do palácio uma noite enquanto todos dormiam. Depois de cavalgar por horas ele param só o tempo suficiente para Siddhartha trocar Suas roupas de príncipe e jóias pelas vestimentas simples de Chandaka. E pede Chandaka que retornasse à sua família real e os confortasse explicando que não havia razão para sentirem tristeza por Ele, uma vez que Ele estava se preparando para por um fim à velhice e à morte. Falando ainda que todos deviam se libertar de todo apego. E assim, com uma determinação inabalável, Siddhartha diz que não voltaria para casa até que tivesse encontrado a iluminação completa.
Por seis anos, Siddhartha levou uma vida espiritual e diligentemente estudou com vários mestres. Mas ele nunca estava verdadeiramente satisfeito. Num esforço para obter uma mente tranqüila, Ele seguiu os diferentes métodos de meditação iogues, que prevaleciam na Índia da época e se submeteu às práticas rigorosas dos ascetas, às margens do Rio Nairanjana, que culminaram num período de jejum radical que o deixou completamente debilitado. E mesmo tendo ficado à beira da morte durante o jejum, Sua mente era brilhante e clara. Lá lhe fizeram companhia, cinco homens santos que se juntaram à Ele na esperança de aprender com Seu exemplo.
Um belo dia, ao ouvir um barqueiro que passava no rio ensinando música à seu discípulo que dizia que as cordas de um instrumento se muito frouxas não emitiam um som adequado, e se muito esticadas elas arrebentavam. A partir daí, Ele encorajou o seu povo a seguir o caminho do equilíbrio e não do extremismo. A isto Ele chamou de o "Caminho do Meio". Naquele momento ele percebeu que as austeridades físicas não eram o caminho para se alcançar a liberação. Que privação excessiva não era o caminho para se alcançar iluminação. Ele concluiu que se o corpo fica debilitado por fome e sede, a calma interior não é possível. Assim, um dia, Ele aceita de uma jovem garota, uma tigela de arroz e um pouco de leite, quebrando o seu jejum. Os outros ascetas que tinham sido Seus companheiros durante os seis longos anos de austeridades decidiram que Ele deveria abandonar a vida religiosa e O expulsam de seu meio.
Siddhartha toma um banho ritualístico em um rio perto, e para confirmar sua percepção, ele colocar a tigela de arroz vazia sobre a água e pede que se ele estivesse certo, que a tigela subisse a correnteza. A tigela rodopiou e subiu. E assim, renovado, Ele ruma para Bodh Gaya. Lá, ao por do sol, Ele se senta na postura de lótus em uma almofada de grama sob uma gigantesca figueira (a árvore Bodh ou a árvore da Iluminação) para meditar, com os votos de só sair dali quando tivesse alcançado a iluminação, mesmo que seus ossos e carne apodrecessem.
Enquanto Sakyamuni meditava sob uma árvore, uma luz começa a brilhar no meio de sua testa. Mara, O Grande Mal, estremeceu: ele sabia que seu poder para desvirtuar a humanidade estava ameaçado. Durante a noite, muitas distrações surgiram, sede, luxuria, descontentamento e distrações de prazer. E ao longo de Sua concentração meditativa, Ele foi tomado por visões de incontáveis exércitos atacando-O com as mais terríveis armas. Mara enviara um exército de demônios para destruí-lo. Mas por causa de Sua meditação indestrutiva Ele pode converter negatividade em harmonia e pureza, as flechas lançadas se transformaram em flores. Algumas filhas de Mara apareceram, como belíssimas mulheres, para distraí-lo ou seduzí-lo. Outros assumiram formas de animais ferozes. Mas seus rosnados, ameaças e qualquer outra tentativa foram em vão para tirar Sakyamuni de sua meditação. e quando estas outras visões e distrações surgiram, com a estabilidade de Sua meditação, Ele permaneceu imóvel. Sentado em um estado de total absorção Ele alcança todos os graus de realização incluindo total onisciência, adquirindo o conhecimento de todo o Seu ciclo de mortes e renascimentos.
A terra tremeu e uma chuva caiu de um céu totalmente sem nuvens em resposta à Sua sua suprema conquista. Com o amanhecer Ele se levantou como Buda ou "O Iluminado", numa noite de lua cheia, com a idade de 35 anos. A partir deste dia, esta árvore ficou conhecida como a árvore Boddhi, a árvore da Iluminação. E, como ele estava sozinho com ninguém para testemunhar este momento glorioso, ele chama a própria terra como testemunha tocando o chão com a ponta dos dedos da mão direita num gesto chamado de Bhumisparsa.
Seus desejos e sofrimentos haviam terminado e como Buda Ele experienciou o Nirvana. e assim disse: "Existe uma esfera onde não é terra, nem água, nem fogo, nem ar... que não é nem este mundo e nem outro, nem sol e nem lua. Eu nego que esteja vindo ou indo, que permanece e que seja morte ou nascimento. É simplesmente o fim do sofrimento".
Nos quarenta e nove dias seguintes à sua iluminação, o Buda permaneceu em silêncio, evitando falar pois os outros jamais compreenderiam a natureza de Sua experiência. Eventualmente alguns seres dos reinos dos deuses requisitavam o Buda para ensinar a todos que eram capazes de compreender em resposta à seus pedidos. Ele foi para Benares onde Seus antigos companheiros estavam, no Deer Park. Quando eles O viram à distância, eles fizeram piadas, determinados a desmerecê-lo, mas à medida que Ele se aproximava todos eles viram a Sua forma radiante, e aí naturalmente o trataram com respeito. Quando eles O inquiriram por ensinamentos Ele começou a expor o Dharma. Estes ensinamentos foram chamados de O Sermão do Deer Park ou "Acionando a Roda da Doutrina" onde revelou que Ele havia se tornado um Buda, e descreveu os prazeres que havia conhecido como um príncipe e a vida de austeridade que havia praticado como asceta. E que nenhum destes era o verdadeiro caminho para o Nirvana. O verdadeiro caminho era o Caminho do Meio que o mantém livre e distante dos extremos.
"Satisfazer as necessidades da vida não é mal...Manter o corpo com saúde é um dever, porque de outra forma não poderemos manter a chama da sabedoria e a nossa mente forte e clara".
Durante 49 anos, até a idade de 80 anos, ele ensinou o Dharma que consistia nas "Quatro Verdades Nobres" e o "Caminho de Oito Passos", num esforço para ajudar outros seres a alcançar a iluminação. Numa de suas peregrinações, ele caiu terrivelmente enfermo após ter comido uma refeição oferecida por um ferreiro chamado Cuanda.
Já debilitado, viajou para Kushinagara onde se deitou sobre seu lado direito para descansar. Buda diz a Ananda: "Eu estou velho e o fim de minha jornada está próximo. Meu corpo é como um carro velho mantido junto com a ajuda de tiras de couro."E finalmente disse:" Tudo que foi criado está sujeito a deteriorar e morrer. Tudo é transitório. Trabalhem suas próprias salvação com diligência". Depois de passar por vários estados de meditação, Buda morreu alcançando o Parinirvana (o cessar da percepção e da sensação.
A HISTÓRIA DE NITIREN DAISHONIN
Nitiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222, na vila de Kominato, Província de Awa, na atual Província de Tiba. Ao contrário de Sakyamuni, que foi filho de rei, os pais de Nitiren Daishonin eram pescadores. Naquela época, os pescadores e caçadores eram desprezados porque sua sobrevivência envolvia tirar a vida. As circunstâncias de seu nascimento são muito significativas, pois indicam o princípio budista da igualdade máxima de todas as pessoas, independentemente de sua posição social ou de outros critérios superficiais.
Ele recebeu o nome de Zenniti-maro e viveu na vila de pescadores até 1233, quando, aos doze anos1, deixou o lar para estudar o budismo e outros ensinos seculares em um templo próximo de onde morava, chamado Seityo2.
Em seus estudos, percebeu várias contradições entre os ensinos budistas; também determinou encontrar uma resposta para os problemas da transitoriedade da vida humana, com a qual estava profundamente preocupado. Nessa época, orava diante de uma estátua do Bodhisattva Kokuzo (Repositório do Espaço) consagrada no templo Seityo para se tornar o homem mais sábio do Japão. Graças a essas orações, obteve uma “jóia da sabedoria” que posteriormente possibilitou-lhe compreender a essência de todos os sutras. Após muito estudo e contemplação, compreendeu a natureza da realidade máxima da vida e do Universo. Considerando seu despertar como ponto de partida, determinou prosseguir nos estudos para apresentar suas idéias de forma sistemática.
Em 1237, tornou-se sacerdote budista e adotou o nome Zesho-bo Rentyo. Em 1242, após ter passado alguns anos em Kamakura — o centro do governo japonês na época — para dar prosseguimento aos seus estudos, retornou para o templo Seityo. Sentindo uma urgente necessidade de continuar os estudos, no mesmo ano partiu para Quioto e Nara, os dois centros do budismo tradicional no Japão. Permaneceu ali até 1253, quando sentiu ter descoberto o que buscava havia tanto tempo: provas documentais irrefutáveis de que as doutrinas de várias seitas não se baseiam de fato nos ensinos do fundador do budismo e que os verdadeiros ensinos do budismo são encontrados apenas no Sutra de Lótus.
Retornando ao templo Seityo, convicto de que havia chegado a época de revelar suas descobertas aos outros, Nitiren recitou o Nam--myoho-rengue-kyo pela primeira vez na manhã de 28 de abril de 1253 — apresentando dessa forma a toda a humanidade, a todas as gerações vindouras, o caminho direto para a iluminação. Ele declarou então que nenhum dos ensinos pré-Sutra de Lótus revelavam a iluminação do Buda e que todas as seitas budistas que se baseavam nesses ensinos eram desencaminhadoras. Adotou também o nome Nitiren.
Niti, de Nitiren, significa o sol ou a luz lançada pela sabedoria de Nitiren Daishonin a todo o mundo para eliminar a obscuridão que aflige a humanidade. Ren significa lótus e indica que Nitiren Daishonin apareceu no mundo corrupto e dominado pela discórdia para fazer com que as belas e puras flores da sabedoria e da cultura desabrochassem no coração perturbado de todas as pessoas. Ren também significa a lei de causa e efeito que atua nas profundezas da vida. E faz parte do título do Sutra de Lótus, Myoho-rengue-kyo.
Tendo fundado os verdadeiros ensinos do budismo e iniciado sua propagação, Daishonin encontrou as mais duras perseguições, tanto das seitas budistas populares daquela época como das autoridades governamentais, que protegiam essas seitas e confiavam em suas orações para que findassem os contínuos desastres naturais que ocorriam naquele período.
Nitiren Daishonin passou mais de duas décadas ensinando às pessoas sobre o budismo e advertindo o governo — para que os líderes levassem a paz à nação aceitando os verdadeiros ensinos do budismo. Durante esse período, ele sobreviveu a dois exílios, uma tentativa de execução, uma emboscada e numerosas tentativas de colocarem-no em descrédito. Por fim, em 12 de maio de 1274, Nitiren Daishonin deixou Kamakura e partiu para um local remoto no Monte Minobu onde deu continuidade ao estágio final de suas atividades.
Nesse local, Nitiren Daishonin inscreveu em 1279 o Daiohonzon — o objeto de devoção para toda a humanidade. Já nessa época, havia discípulos e seguidores desejando arriscar a vida para abraçarem e propagarem o Nam-myoho-rengue-kyo. Ele estava convicto de que aqueles crentes decididos protegeriam seu ensino para toda a posteridade.
Três anos depois, na manhã do dia 13 de outubro de 1282, Nitiren Daishonin faleceu pacificamente na residência de um seguidor onde hoje se localiza a cidade de Tóquio.
Podemos definir seu papel na corrente do pensamento e da história budista da seguinte forma: Nitiren Daishonin foi o Buda que despertou para a verdade suprema da vida desde o infinito passado; isso aconteceu em um passado incalculavelmente distante antes de o Buda Sakyamuni ter atingido sua iluminação no passado longínquo chamado Gohyaku-Jintengo. Nitiren Daishonin definiu essa verdade como Nam-myoho-rengue-kyo e incorporou-a no Gohonzon.
O Sutra de Lótus prediz que quando chegassem os Últimos Dias da Lei, os Bodhisattvas da Terra apareceriam para levar a salvação a toda a humanidade. Jogyo, o líder desses bodhisattvas, é Nitiren Daishonin.
Por ter atingido a iluminação por si só — com sua própria compreensão — e por ter revelado a verdade fundamental da vida, Nitiren Daishonin é chamado de Buda original. E pelo fato de ter manifestado a benevolência própria a um bodhisattva ao propagar o ensino máximo do budismo na sociedade, levando as pessoas à iluminação, ele é identificado como Bodhisattva Jogyo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário