terça-feira, 4 de agosto de 2015
Impeachment por tabela.
na noite de segunda-feira, 3, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
discutiu uma manobra para pautar pedido de impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff sem se comprometer diretamente.
Duas fontes que participaram da reunião disseram ao Estado
que ficou acordada a possibilidade de que, após o Tribunal de Contas da
União (TCU)
encaminhar seu parecer a respeito das contas de governo de
Dilma,
Cunha rejeitaria o pedido de abertura de processo de impeachment,
mas a oposição apresentaria um recurso, que seria votado e aprovado,
garantindo a votação do impedimento da petista.
O TCU deve decidir se o governo fez as chamadas "pedaladas
fiscais",
irregularidade ao atrasar propositalmente o repasse de
dinheiro a bancos
e autarquias em 2014 e, com isso, teria omitido ao
mercado financeiro
e aos especialistas a real situação do saldo de suas
contas.
A análise das contas do governo Dilma estão sob análise da
Corte.
Após o julgamento, o relatório será encaminhado ao Congresso,
que
toma a decisão final. Caso as contas do primeiro mandato
sejam
rejeitadas poderiam embasar eventual abertura de impeachment
contra a
presidente por crime de responsabilidade fiscal.
Eduardo Cunha ainda não se manifestou sobre a reunião de
ontem.
Ele realizaria um almoço na tarde desta terça-feira, 4,
com
líderes partidários, mas cancelou o compromisso,
uma vez que já realizou
a conversa que pretendia.Partidos da base
como PSD, PR e PP também
participaram do encontro,
mas negaram ter discutido o assunto.
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