MAIS HOMOFOBIA...IRMÃOS PODEM TER SIDO CONFUNDIDO COM CASAL GAY EM MACEIÓ:

IRMÃOS PODEM TER SIDO CONFUNDIDO COM CASAL GAY EM MACEIÓ:

Os irmãos Cristovão Rodrigues e Cristiano Rodrigues agredidos por cerca de sete homens na Avenida Álvaro Otacílio, no bairro Stella Maris, no último dia 30 de dezembro, podem ter sido confundidos com um casal homossexual. A informação é do chefe de operações do 2° Distrito Policial (DP), Ariel Almeida.
De acordo com Ariel, a hipótese de homofobia não foi descartada das investigações. “Os agressores podem ter achado que os irmãos eram um casal homossexual”, conta o delegado.
Os irmãos foram espancados enquanto voltavam para casa nas primeiras horas da manhã do dia 30, depois de saírem de um bar. O motivo é desconhecido pelas vítimas. “Nos agrediram em grupo de sete pessoas contra dois de forma covarde e sem motivos por pura e simples sensação de fazer o mal”, declarou Cristóvão Rodrigues em sua página pessoal do Facebook. O jovem teve alguns ferimentos leves enquanto que Cristiano ficou com o olho esquerdo inchado.
Os indivíduos só teriam parado o espancamento após a chegada de alguns curiosos no local. Em depoimento na polícia, Cristóvão e Cristiano disseram que antes das agressões o grupo tinha passado em uma caminhonete e xingado os dois. Logo em seguida eles iniciaram uma pequena perseguição. “Os indivíduos retornaram no Habib's e começaram a nos seguir ameaçando e xingando ainda um até quase me atropelou”, diz Cristiano em sua página pessoal.
Em depoimento à polícia, Cristóvão disse não saber identificar quais foram os xingamentos, mas garantiu que nenhum deles tinha conotação homossexual.
Placa identificada
As vítimas informaram a placa de um dos veículos que teria participado da agressão. De acordo com Ariel, a caminhonete de cor preta é de São Luís do Maranhão. “Nós queremos saber agora se esse veículo tem alguma passagem na polícia de lá, por isso solicitamos um apoio da Polícia Civil de São Luís para identificar a procedência, ou se a placa é clonada, entre outros”, diz o chefe de operações.
A equipe do 2° DP vai solicitar as imagens de videomonitoramento recém inauguradas pelo Governo do Estado, além de entrevistar alguns funcionários de estabelecimentos situados na Av. Álvaro Otacílio para ajudar na apuração do incidente.
O administrador Cristovão informou ainda que o aúdio da ligação feita para o 190 no dia do fato será recuperado para saber se de fato o número da placa condiz com as letras e números passados para a polícia. "Nunca gostei de sair, principalmente depois que meu pai teve um AVC - Acidente Vascular Cerebral e passei a cuidar dele, sempre tive receio por conta da violência, mas aconteceu agora vamos até o final", frisou.
As vítimas esperam agora o laudo do Instituto Médico Legal (IML) que deve comprovar a agressão. — com Jexaomim Mônica e outras 59 pessoas.