"A festa acabou no Brasil", diz Libération
"Depois da rica era Lula, é hora da ruína",
diz o Libération,
diz o Libération,
ressaltando que, após a posse da presidente
Dilma Rousseff, em 2010,
Dilma Rousseff, em 2010,
o
crescimento emperrou no Brasil.
A sétima economia mundial entrou em
recessão,
após um ano de estagnação.
O círculo virtuoso iniciado pelo
ex-presidente Lula,
que conseguiu tirar 40 milhões de brasileiros da
pobreza,
acabou e foi substituído por um desemprego explosivo
, destaca o jornal.
, destaca o jornal.
De agosto de 2014 a agosto de 2015,
um milhão de brasileiros perderam o emprego
um milhão de brasileiros perderam o emprego
, num processo que começou com a revelação
do escândalo de corrupção na Petrobras.
do escândalo de corrupção na Petrobras.
A taxa de desemprego, que era de 6,5%,
passou a 8%. Libération
passou a 8%. Libération
questiona como o Brasil, uma estrela do Brics,
o grupo de países
o grupo de países
emergentes com taxa de crescimento acelerado
, caiu nesse buraco.
, caiu nesse buraco.
Ajuste
A queda dos preços das matérias-primas,
principal fonte das exportações
principal fonte das exportações
brasileiras e motor da economia, não é a única razão,
segundo o Libération.
segundo o Libération.
Houve muita intervenção direta da presidente
Dilma na
economia e ela fez escolhas nem sempre acertadas.
O texto cita, por
exemplo, incentivos fiscais exagerados
concedidos às empresas.
concedidos às empresas.
Essa
política diminuiu a arrecadação do Estado
e agravou o déficit público
e agravou o déficit público
.
Os cortes no orçamento, necessários
ao reequilíbrio das contas públicas,
ao reequilíbrio das contas públicas,
atingem os programas sociais do governo,
lamenta um dirigente
lamenta um dirigente
da
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
ouvido pela reportagem.
ouvido pela reportagem.
O diário francês entrevistou eleitores
e opositores da presidente.
e opositores da presidente.
Um
aposentado afirma que Dilma mentiu
sobre a situação da
sobre a situação da
economia durante a
campanha.
Já uma eleitora da presidente,
Já uma eleitora da presidente,
"pega de surpresa pela
violência da crise, e que passou
a comprar carne só uma vez por semana",
acredita nas boas intenções de Dilma.
"Ela foi surpreendida pela crise", diz a mulher.
"Ela foi surpreendida pela crise", diz a mulher.
Desconfiança e ressentimentos
Libération relata todos os problemas que
os brasileiros estão enfrentando:
os brasileiros estão enfrentando:
inflação em alta, juros estratosféricos,
insolvência, aumento de impostos,
insolvência, aumento de impostos,
queda da atividade industrial, desemprego em massa.
Um dirigente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
disse ao
jornal que só a depreciação
do real dá um alento aos industriais.
do real dá um alento aos industriais.
Ele
também reclama da falta de apoio da presidente
Dilma ao ministro da Fazenda,
Dilma ao ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, uma situação que alimenta o clima
de desconfiança dos investidores.
de desconfiança dos investidores.
"Foi preciso a agência Standard and Poor's rebaixar a
nota
do Brasil para a presidente anunciar um plano de austeridade"
, escreve o Libération,
, escreve o Libération,
questionando se Dilma conseguirá aplicá-lo.
Os cortes nas despesas do governo dependem
de aprovação do Congresso.
de aprovação do Congresso.
Dilma tenta reconstruir a aliança com o PMDB
para aprovar as medidas.
para aprovar as medidas.
Mas, como diz um advogado entrevistado
no calçadão da avenida Paulista,
no calçadão da avenida Paulista,
"o Congresso está cheio de bandidos, o que ela pode fazer?".
A realidade
é que a presidente só tem 8% de aprovação
e é a chefe de Estado mais
impopular do Brasil
em 25 anos, conclui o Libération.
em 25 anos, conclui o Libération.

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