SEXTA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO DE 2014
A vaca tussiu e Dilma ameaça os direitos do trabalhador. Na mira: seguro-desemprego, abono salarial e auxílio-doença.
E agora, o que a pelegada das centrais sindicais que apoiaram Dilma vai fazer?
Deixar a vaca tussir e ferrar o trabalhador brasileiro?
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou
nessa sexta-feira que o governo federal está finalizando
os estudos que resultarão
em uma “redução importante” das despesas.
Estão no foco desses
ajustes um corte nas despesas de benefícios
como o seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial,
que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos.
Os cortes também envolverão a redução de subsídios financeiros,
se o ciclo de crescimento econômico for retomado.
Segundo o ministro, o BNDES está entre os alvos: —
(A redução de despesas) significa dar um subsídio menor nos empréstimos
que são feitos por exemplo no BNDES — afirmou o ministro.
O banco estatal tem uma série de programas de financiamento
com juros abaixo da taxa básica Selic, incluindo a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP),
e vem recebendo injeções de recursos do Tesouro Nacional.
Falando a jornalistas depois de fazer uma apresentação em evento em São Paulo,
o ministro disse que o papel dos bancos públicos no crédito é "fundamentalmente"
anticíclico e lembrou que na fase mais aguda da crise financeira internacional,
o crédito privado secou e foi preciso que os bancos públicos assumissem um protagonismo.
— O papel dos bancos públicos é anticíclico.
Quando faltou crédito no Brasil durante 2008 e 2009,
os bancos públicos saíram a campo com mais crédito e taxas de juros menores.
Depois, em 2009 e 2010, os privados reagiram, recompondo o equilíbrio anterior.
Nos últimos anos, voltou a diminuir o crédito.
A estratégia não é fazer com que os bancos públicos
tenham mais crédito que os privados. Apenas é uma estratégia anticíclica — explicou.
Segundo ele, governo tem que caminhar para um aumento gradual do superávit primário:
— A estratégia macroeconômica para iniciarmos esse
novo ciclo de expansão é um ajuste tanto da política fiscal quanto da política monetária
— disse. — Do ponto de vista da política fiscal temos que caminhar
para um aumento gradual do primário, em relação ao resultado de 2014
INFLAÇÃO PERTO DE 4,5% AINDA É OBJETIVO
Os comentários do ministro ocorrem em um quadro de profunda deterioração das contas públicas,
com déficit primário recorde em setembro.
O governo precisa revisar sua meta de superávit primário para este ano
e deve fazer o mesmo para 2015. Mesmo assim, serão necessários
cortes de despesas para equilibrar as contas.
Em sua apresentação, o ministro disse que o desafio agora é “fazer a transição
para a economia pós-políticas anticíclicas”, em preparação
para um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira.
Mantega disse que também é preciso recuperar a receita e lembrou
que com uma melhora da atividade econômica, cujas condições
“estão dadas” segundo ele, isso ocorrerá naturalmente.
Do lado da política monetária, o ministro disse que o objetivo para a inflação
é “uma convergência ao centro da meta”, de 4,5%, apontando a seca
deste ano como uma fator de pressão sobre os preços dos alimentos e as tarifas de energia.
— É uma economia pós-crise, com menos estímulos —
resumiu, classificando como um “novo ciclo de expansão da economia”,
mas deixando claro que os estudos não estão concluídos.
Sobre o reajuste do preço da gasolina, em 3%, e do diesel, em 5%,
a avaliação é que o impacto na inflação seja de 0,1 ponto percentual.
No acumulado dos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA está em 6,59%,
acima do teto da meta, que é de 6,5%.
NOVO MINISTRO
Ao falar do cenário econômico, Mantega afirmou que, apesar das dificuldades,
o governo deve conseguir fazer um saldo fiscal positivo (superávit) em 2014. Sobre sua saída
, reforçou que não sabe quando acontecerá e evitou fazer comentários sobre possíveis substitutos. — Não sou a melhor pessoa para comentar o nome desses possíveis ministros — concluiu. (O Globo)
Falando a jornalistas depois de fazer uma apresentação em evento em São Paulo,
o ministro disse que o papel dos bancos públicos no crédito é "fundamentalmente"
anticíclico e lembrou que na fase mais aguda da crise financeira internacional,
o crédito privado secou e foi preciso que os bancos públicos assumissem um protagonismo.
— O papel dos bancos públicos é anticíclico.
Quando faltou crédito no Brasil durante 2008 e 2009,
os bancos públicos saíram a campo com mais crédito e taxas de juros menores.
Depois, em 2009 e 2010, os privados reagiram, recompondo o equilíbrio anterior.
Nos últimos anos, voltou a diminuir o crédito.
A estratégia não é fazer com que os bancos públicos
tenham mais crédito que os privados. Apenas é uma estratégia anticíclica — explicou.
Segundo ele, governo tem que caminhar para um aumento gradual do superávit primário:
— A estratégia macroeconômica para iniciarmos esse
novo ciclo de expansão é um ajuste tanto da política fiscal quanto da política monetária
— disse. — Do ponto de vista da política fiscal temos que caminhar
para um aumento gradual do primário, em relação ao resultado de 2014
INFLAÇÃO PERTO DE 4,5% AINDA É OBJETIVO
Os comentários do ministro ocorrem em um quadro de profunda deterioração das contas públicas,
com déficit primário recorde em setembro.
O governo precisa revisar sua meta de superávit primário para este ano
e deve fazer o mesmo para 2015. Mesmo assim, serão necessários
cortes de despesas para equilibrar as contas.
Em sua apresentação, o ministro disse que o desafio agora é “fazer a transição
para a economia pós-políticas anticíclicas”, em preparação
para um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira.
Mantega disse que também é preciso recuperar a receita e lembrou
que com uma melhora da atividade econômica, cujas condições
“estão dadas” segundo ele, isso ocorrerá naturalmente.
Do lado da política monetária, o ministro disse que o objetivo para a inflação
é “uma convergência ao centro da meta”, de 4,5%, apontando a seca
deste ano como uma fator de pressão sobre os preços dos alimentos e as tarifas de energia.
— É uma economia pós-crise, com menos estímulos —
resumiu, classificando como um “novo ciclo de expansão da economia”,
mas deixando claro que os estudos não estão concluídos.
Sobre o reajuste do preço da gasolina, em 3%, e do diesel, em 5%,
a avaliação é que o impacto na inflação seja de 0,1 ponto percentual.
No acumulado dos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA está em 6,59%,
acima do teto da meta, que é de 6,5%.
NOVO MINISTRO
Ao falar do cenário econômico, Mantega afirmou que, apesar das dificuldades,
o governo deve conseguir fazer um saldo fiscal positivo (superávit) em 2014. Sobre sua saída
, reforçou que não sabe quando acontecerá e evitou fazer comentários sobre possíveis substitutos. — Não sou a melhor pessoa para comentar o nome desses possíveis ministros — concluiu. (O Globo)
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