Lágrimas de crocodilo
Candidata à Presidência da República
a Chefe da Casa Civil, Dilma
Rousseff,
tem uma ficha pregressa de fazer corar
o mais temível
criminoso trancafiado
em presídio de segurança máxima.
Mas é uma
delinqüente sensível.
No lançamento do novo Programa Nacional
de
Direitos Humanos, ‘
chegou a chorar ao lembrar o período
em que esteve
presa durante a ditadura’.
O presidente Lula não segurou as lágrimas,
e a
acompanhou no choro.
Seria bom se ela vertesse algumas
lágrimas em
memória de suas vítimas,
inclusive dos amigos que traiu,
levando-os à
prisão.
A Foto que a Dilma não queria revelada. A prova do CRIME
É a prova do SEU assalto, junto com o Lamarca,
ao Quartel do 4º Regimento
de Infantaria, no município de
Quitaúna-Osasco-SP, em 24/01/69,
de onde levaram 63 Fuzis Automáticos
Leves (FAL) 7,62 mm ( igual ao da foto),
3 Metralhadoras INA e 4
Cunhetes de Munição 7,62 mm.
ÍNDICE
- "Você sabia?".
- Envolvimento com a luta armada.
- Dilma Rousseff interrompe a trajetória do soldado Mário Kosel Filho.
- De guerrilheira explosiva a poderosa mãe do PAC.
- Uma ministra mal humorada. (Cláudio Humberto).
- O cérebro do roubo ao cofre. (Revista Veja Online).
Você sabia?
O pai da Dilma - Pétar Russév (mudado para Pedro Roussef), -
filiado
ao Partido Comunista búlgaro, deixou um filho (Luben) lá na Bulgária
e
veio dar com os costados em Salvador, depois Buenos Aires e,
ao fim e ao
cabo, fez negócios em São Paulo.
Encantou-se com a professorinha de 20 aninhos,
Dilma Jane da Silva
(rica filha de fazendeiro) e com ela casou
e viveu em Belo Horizonte,
tendo três filhos: Igor, Dilma - a guerrilheira -
e Lúcia. Igor morreu
em 1977.
Era uma família "bon vivant", com casa enorme, três empregadas,
refeições servidas à francesa, com guarnições e talheres específicos.
Tinham piano e professora particular de francês.
Dilma entrou primeiro numa escola de freiras - Colégio Sion -
e,
depois, no renomado Estadual Central.
Nas férias, iam de avião para
Guarapari/ES
e ficavam no Hotel Cassino Radium.
Dilma, ainda jovem, entrou para o POLOP - Política Operária -
e
depois mudou-se para o COLINA - Comando de Libertação Nacional.
Apaixonou-se e casou-se com Cláudio Galeno Linhares, especialista
em
fazer bombas com os pós e líquidos da farmácia de manipulação do seu
pai.
Sua primeira aula de marxismo foi-lhe dada por Apolo Heringer
e,
pouco depois, estava em suas mãos o livrinho: "Revolução na Revolução",
de Régis Debray, francês que mudou-se para Cuba
e ficou amigo do Fidel e
mais tarde, acompanhando Guevara,
foi preso na Bolívia. Aos 21 anos,
Dilma partiu para o Rio de Janeiro
a fim de se esconder dos militares,
após o frustrado assalto ao Banco
da Lavoura de Sabará. No Rio, ainda
casada, apaixonou-se
por Carlos Franklin Paixão de Araújo, o chefe da
dissidência do Partidão;
então, chegou, de chofre, e disse para o
marido: "Estou com o Carlos!".
Carlos vivia antes com a geógrafa Vânia Arantes e, sedutor,
já havia
tido outras sete mulheres, aos 31 aos de idade.
Com ele, Dilma
participou da fusão COLINA/VPR (esta do Lamarca),
que deu origem, em
Mongaguá, à Vanguarda Armada Revolucionária-
Palmares, cujo estatuto
dizia:
Art.1º - A Vanguarda Armada Revolucionária-
Palmares é uma
organização político-militar de caráter partidário,
marxista-leninista,
que se propõe a cumprir todas as tarefas
da guerra revolucionária e da
construção do Partido da Classe Operária,
com o objetivo de tomar o
poder e construir o socialismo."
Foi em Mongaguá, litoral paulista, que se traçou o plano da "Grande
Ação",
que se deu em 18 de julho de 1969, com o assalto e roubo do cofre
da casa da amante do Ademar de Barros, em Santa Teresa/RJ,
que
rendeu-lhes 2,5 milhões de dólares, cofre aberto em Porto Alegre,
a
maçarico, pelo metalúrgico Delci. Mas a organização se dividiu entre
"basistas"
- que defendiam o trabalho das "massas" e junto às "bases", e
os "militaristas", -
que priorizavam a imediata e constante luta armada
comunista.
A disputa pelo butim dolarizado foi ferrenha!
Dilma era
chamada de "Joana D'Arc da subversão".
Então foi para São Paulo onde
dividia um quarto com
Maria Celeste Martins, hoje sua assessora imediata
no Planalto.
Dedurada por José Olavo Leite Ribeiro -
mantinha com ela três
contatos semanais -,
foi presa, armada, em um bar da Rua Augusta,
juntamente com Antônio de Pádua Perosa;
depois, entregou à polícia seu
amigo Natael Custódio Barbosa.
Enquanto isso, o Carlos Araújo teve um
romance
tórrido com a atriz Bete Mendes, da TV Globo. Dilma saiu do
presídio em 1973
e foi para Porto Alegre, reatar com o marido infiel.
Mas hoje, Carlos Araújo
mora sozinho com dois vira-latas (Amarelo e
Negrão), numa casinha às
margens da lagoa do Guaíba, em Porto Alegre.
Envolvimento com a luta armada
Dilma Rousseff tem 62 anos, é mineira, filha de um imigrante
búlgaro,
rico empreiteiro e dono de construtora, proprietário de dezenas
de imóveis
em Belo Horizonte, foi criada em um grande e espaçoso
apartamento em Belo Horizonte.
Imóvel não era problema para a rica família Rousseff,
que passava
férias no Rio. Um dos espaçosos apartamentos
foi cedido para Dilma
utilizar, exclusivamente, como esconderijo
seguro para os grupos
terroristas dos quais participava,
de onde saíam para praticar
atentados, roubar e seqüestrar.
Dilma neste período fazia política estudantil nas escolas mais
burguesas
de Belo Horizonte. Em 1963, ingressou no curso clássico e
passou
a comandar uma célula política em uma das mais tradicionais
escolas da cidade
, onde conheceu futuros companheiros de guerrilha,
como
o atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.
Em 1964, Dilma começou a conviver com terroristas de esquerda,
iniciando a sua carreira como militante na luta armada.
Neste período
ingressou na POLOP, Política Operária,
onde militou até ingressar na
universidade.
Dilma também casou-se em 1967, com o terrorista e guerrilheiro
Cláudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurélio", "Lobato").
Quando o
primeiro marido a deixou, para ir cumprir missões
em outros países,
seqüestrando um avião no Uruguai,
por exemplo, teve um segundo casamento
com Carlos Franklin Araújo,
com quem teve uma filha. Desde 2000, não
está casada.
Dilma ingressou em 1967 na faculdade de Ciências Econômicas da UFMG.
Ali participou da criação do sanguinário grupo COLINA,
Comando de
Libertação Nacional. Posteriormente,
participou ativamente da fusão
entre a COLINA e a VPR,
Vanguarda Popular Revolucionária, quando surgiu a
violenta VAR-P,
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares,
responsável
por dezenas de crimes contra civis e militares.
Dilma, na clandestinidade, participava de ações armadas,
recebendo
treinamento para guerrilha no exterior,
ministrado por organizações
comunistas internacionais.
Aprendeu a usar o fuzil com maestria,
especialmente
na atividade de montá-lo e desmontá-lo no escuro.
Foi
presa em 1970, permanecendo nesta condição até 1973.
Em 1973, Dilma Rousseff retomou o curso de Economia na UFRGS,
no Rio
Grande do Sul, onde estava preso seu segundo marido,
Carlos Araújo.
Ingressou, junto com o marido, no PDT
e recebeu um cargo de estagiária
na Fundação de Economia
e Estatística, em 1977. Em 1978, Dilma Rousseff
começou
a fazer o mestrado na UNICAMP e, depois, o doutorado.
Durante
anos, mentiu em seu currículo que tinha concluído
os dois cursos quando,
na verdade, mal cursou os créditos,
que representa quando muito 10% de
um título acadêmico strictu sensu.
Em 1985, Dilma assumiu a Secretaria Municipal da Fazenda,
em Porto
Alegre, no governo do pedetista Alceu Collares,
com quem tem uma dívida
de gratidão. Hoje Collares é conselheiro de Itaipu.
Dilma saiu da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre em 1988,
sendo
substituída pelo hoje blogueiro Políbio Braga, que afirma:
"ela não
deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos."
Em 1989, Dilma foi nomeada Diretora-Geral da Câmara de Vereadores
de
Porto Alegre, na cota do marido no PDT. Alguns meses depois foi
demitida,
pois não obedecia horários e faltava a todas as reuniões,
segundo Valdir Fraga,
o presidente da Casa, à época.
Em 1995, Dilma voltou para a FEE, mas como funcionária, já que o PDT
havia perdido a eleição. Ali editou uma revista de indicadores
econômicos,
enquanto tentava acertar o seu “doutorado” na UNICAMP.
Em 1998, na cota do PDT, Dilma assume a Secretaria de Minas e
Energia,
no governo petista de Olívio Dutra, eleito governador gaúcho.
Vendo que o partido de Brizola estava decadente, ingressou no PT.
Em 2002, Dilma foi nomeada ministra das Minas e Energia do governo
Lula,
puxando o tapete de Luiz Pinguelli Rosa, mestre em engenharia
nuclear
e doutor em física, que coordenava o grupo de transição.
Em junho de 2005, Dilma assumiu o lugar de José Dirceu,
o chefe da
sofisticada organização criminosa do mensalão,
sendo saudada por ele
como “companheira de armas e de lutas”,
em memória aos tempos da
guerrilha.
De lá para cá, Dilma vem sendo imposta por Lula como a candidata
biônica do PT
à presidência da república. No dia 20 de fevereiro de
2010,
foi ungida, sem nunca ter conquistado um só cargo público pelo
voto ou por concurso, a candidata da situação à sucessão de Lula.
(Fonte: http://blogspelademocracia.blogspot.com ).
Dilma Rousseff interrompe a trajetória do soldado Mário Kosel Filho
Mário Kosel Filho, nasceu em 6 de julho de
1949, em São Paulo.
Era filho de Mário Kosel e Therezinha Vera Kosel.
Fazia parte do Grupo Juventude, Amor, Fraternidade,
organizado pelo
Padre Silveira, da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida,
no bairro de
Indianópolis, juntamente com mais de 30 jovens.
O símbolo do grupo, ironicamente idealizado por Mário, era uma rosa e um violão.
Por ser muito prestativo e preocupado em ajudar as pessoas,
principalmente crianças e necessitados, foi apelidado de Kuka,
pelos
demais participantes do grupo.
Mário estava com 19 anos e prestava o serviço militar.
Estava
incorporado na 5ª Cia. de Fuzileiros do 2º Batalhão,
no 4º Regimento de
Infantaria Raposo Tavares, em Quitaúna.
Na madrugada de 26 de junho de 1968 estava no quartel,
em serviço,
quando ouviu um tiro, disparado pelo soldado Rufino,
que fazia a guarda
externa do quartel.
Saiu para ver o que se passava e foi informado pelo
soldado Rufino
que o tiro foi para cima, para advertir um automóvel que,
em alta velocidade, rompeu a barreira da área proibida ao tráfego de
veículos.
O motorista do automóvel deve ter se assustado
e colidiu com um
poste. Mário, preocupado em ajudar possíveis feridos,
foi até o mesmo.
Ao se aproximar do automóvel acidentado, um outro automóvel
passa
pelo local e seus ocupantes lançam sobre o automóvel acidentado ]
uma
bomba de grande poder destrutivo.
Mário teve morte instantânea, pedaços de seu corpo
foram lançados em todas as direções.
Um dos ocupantes do segundo automóvel era ‘Dilma Rousseff’,
atual
Chefe da Casa Civil da Presidência da República e candidata
à
Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores.
(L. S. Rodrigues).
De guerrilheira explosiva a poderosa mãe do PAC
Ministra da Casa Civil é temida não só por causa do poder
que acumula, mas pela personalidade intempestiva no dia-a-dia.
Por Ugo Braga
As articulações do governo em torno da ida da chefe da
Casa Civil,
Dilma Rousseff, ao Congresso revelaram uma face
oculta da personalidade
política da “mãe do PAC”:
ela tem tão pouca habilidade para dialogar com
divergentes que chegou mesmo a temer o açoite dos oposicionistas
na
Comissão de Infra-Estrutura do Senado.
O medo, no caso, era o de ela
perder a fleuma
ao ser provocada e destruir sua própria candidatura
presidencial,
ainda em construção.
O potencial explosivo de Dilma virou motivo de aflição especialmente
entre os funcionários mais humildes do Planalto —
secretárias, copeiros
e garçons. Recentemente, a ministra iniciara uma
reunião com um colega
da Esplanada e mais um grupo de técnicos
quando o garçom serviu chá aos
presentes.
Dilma alongou-se na exposição sem sorver uma gota do líquido,
que esfriou.
O garçom, atento, entrou na sala e recolheu todas as
louças, inclusive a da ministra.
Ela, então, interrompeu o encontro e
vociferou uma bronca homérica no serviçal,
diante da platéia
constrangida.
Entre os servidores do Planalto ninguém acha mais graça na história
que virou uma norma. Agora, serventes provam abacaxis para certificar
se
estão maduros. Tudo por causa de insultos ouvidos da ministra em duas
ou três ocasiões em que foi servido suco que ela julgou azedo
. As
assessoras tremem quando ela, impaciente, as chama com
o prefixo de
“santinha”. É a senha de que o tempo vai fechar.
Embora o tom das queixas amenize quando o interlocutor detém
cargo
maior na hierarquia, diz-se nos bastidores palacianos
que um dos
ministros em cuja pasta estão alocados bilhões de reais
do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) já ouviu impropérios
da chefe da Casa
Civil em reuniões de trabalho.
O mesmo teria ocorrido com um secretário
do Ministério da Fazenda
e, em grau mais elevado, com o presidente da
Infraero, Sérgio Gaudenzi.
Pito
Quando o atual coordenador político do governo, José Múcio Monteiro,
assumiu o cargo, recebeu um telefonema duro da colega.
Em tom de
desabafo, ele contou a confidentes ter ouvido um pito humilhante.
A
ministra achava que ele divulgara informações que ela não queria ver no
noticiário.
“Não confiarei em você nunca mais”, teria dito, batendo o
telefone.
A rudeza é um traço adquirido na maturidade.
Na infância, a hoje
temida ministra era apenas Dilminha,
a tímida filha de seu Pedro, um
búlgaro naturalizado brasileiro,
advogado de fala enrolada e fama de
bravo,
morador da Rua Major Lopes, em Belo Horizonte.
É uma rua de
classe média típica, onde as moças iam a pé à escola —
Colégio Sion,
hoje Santa Dorothéia, um dos mais tradicionais da capital mineira —
e
divertiam-se na “hora dançante”, à tardinha.
A doce felicidade da Rua Major Lopes acabou para Dilma
em meados da
década de 1960, quando ela trocou o exclusivo para moças
Sion pelo misto
Colégio Estadual. E depois, seguindo a trilha, ingressou
no curso de
economia da Universidade Federal de Minas Gerais.
O movimento estudantil
borbulhava. No meio dele, a guerrilheira “Estella” nasceu.
Dilma entrou para a luta política não pelas vias sindicais ou
associações classistas.
Foi recrutada pelo então namorado (depois
marido),
Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, para militar no Política
Operária (Polop),
grupo marxista. Desentendimentos sobre os rumos da
resistência fizeram
nascer o Comando de Libertação Nacional (Colina), ao
qual Dilma, ou Estella,
perfilou-se, junto com Cláudio.
A mocinha da
Rua Major Lopes agora dava aulas de marxismo
nas células comunistas.
Perseguido pela polícia mineira,
o casal fugiu para o Rio e caiu na
clandestinidade.
No Rio, já alçada ao topo do Colina, Estella planeja três assaltos a
bancos —
dinheiro que financiava as atividades da conspiração.
Diante
das bem-sucedidas operações do Colina, outros grupos marxistas se
integraram.
O comando chefiado por Dilma se funde à Vanguarda Popular
Revolucionária (VPR),
onde despontava o já famoso capitão Carlos
Lamarca,
adepto da tomada do poder pelas armas.
Surge daí a Vanguarda
Armada Revolucionária —
Palmares (VAR-Palmares), da qual Estella e
Lamarca
são os líderes, junto com um gaúcho chamado Carlos Araújo.
Operação
Em julho de 1969, três carros com 11 guerrilheiros da VAR-Palmares
estacionam em frente à casa no bairro carioca de Santa Teresa
onde
morava um irmão de Ana Capriglioni, notória amante
do ex-governador de
São Paulo Adhemar de Barros.
Lá, executando uma operação minuciosamente
planejada por Estella,
que não tomou parte na ação, a VAR-Palmares
rouba
um cofre de chumbo pesando 300kg,
recheado com uma bolada de US$ 2,5
milhões.
Pouco tempo depois, a VAR-Palmares se desintegra,
por
desentendimentos entre Estella e Lamarca.
A maior parte do grupo segue
Estella — na época, Cláudio,
o primeiro marido, partira para Cuba a
bordo de um avião seqüestrado e Dilma
já se enamorava de Carlos, o
gaúcho da VAR-Palmares
(com quem veio a se casar e com quem teve Paula, a
única
filha, hoje juíza do Trabalho em Porto Alegre,
e de quem se
separou já depois da redemocratização).
Nos primeiros dias de 1970, em São Paulo, Estella é presa e levada
para
a Operação Bandeirantes (Oban). É interrogada várias vezes.
Puseram-na no pau-de-arara. Surraram-na e deram-lhe choques.
Foi julgada
e condenada a seis anos de cadeia por subversão.
Entrou com recurso e
reduziu a pena para dois anos e um mês.
Já havia cumprido três anos.
Solta em 1973, transferiu-se para Porto Alegre,
junto com o marido, que
posteriormente filiado ao PDT elegeu-se deputado estadual.
Dilma retomou no Sul a vida acadêmica interrompida.
Formou-se em
economia, fez mestrado em teoria econômica na Unicamp,
onde conclui
doutorado em economia monetária e financeira.
Rompeu com o PDT quando,
secretária de Minas
e Energia do governo Olívio Dutra (1999-2002),
o
partido desfez a aliança com o PT e exigiu a entrega dos cargos.
Ela
ficou e filiou-se ao partido do governador.
Nascia a Dama de Ferro que
Lula quer ver no Planalto a partir de 1º de janeiro de 2011.
(Correio Braziliense, 15/04/2008).
Uma ministra mal humorada
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, experimentou
o que acontece
quando alguém irrita a ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil): ela o
colocou para fora da sala, em recente reunião no Palácio do Planalto.
(Cláudio Humberto, 28/02/2008).
Alfredo Nascimento (Transportes) também conheceu a ira da
ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil). Em recente reunião,
ela o tratou como a um
incompetente, diante de várias pessoas.
Ele apenas abaixou a cabeça.
(Cláudio Humberto, 04/03/2008).
O cérebro do roubo ao cofre
Com passado pouco conhecido, a ministra envolveu-se
em ações espetaculares da guerrilha.
Por Alexandre Oltramari e Luís Henrique Amara
No atual governo, há dois ex-guerrilheiros com posto de ministro de
Estado.
Um é o ex-presidente do PT, José Dirceu, ministro da Casa Civil,
cuja trajetória política é bastante conhecida. Foi preso pelo regime
militar,
recebeu treinamento de guerrilha em Cuba e, antes de voltar
às
escondidas para o Brasil, submeteu-se a uma cirurgia plástica
no rosto
para despistar a polícia.
O outro integrante do primeiro escalão com
passagem pela guerrilha
contra a ditadura militar é a ministra Dilma
Rousseff, das Minas e Energia —
mulher de fala pausada, mãos
gesticuladoras, olhar austero
e passado que poucos conhecem.
Até agora,
tudo o que se disse a respeito da ministra dava conta
apenas de que
combatera nas fileiras da Vanguarda Armada
Revolucionária Palmares, a
VAR-Palmares, um dos principais grupos armados
da década de 60. Dilma
Rousseff, no entanto,
teve uma militância armada muito mais ativa e
muito mais importante.
Ela, ao contrário de José Dirceu, pegou em armas,
foi duramente perseguida, presa e torturada
e teve papel relevante numa
das ações mais espetaculares
da guerrilha urbana no Brasil — o célebre
roubo
do cofre do governador paulista Adhemar de Barros,
que rendeu 2,5
milhões de dólares.
O assalto ao cofre ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969, no Rio
de Janeiro.
Até então, fora "o maior golpe da história do terrorismo
mundial",
segundo informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro
A
Ditadura Escancarada. Naquela tarde, a bordo de três veículos,
um grupo
formado por onze homens e duas mulheres, todos da VAR-Palmares,
chegou à
mansão do irmão de Ana Capriglioni, amante do governador,
no bairro de
Santa Teresa, no Rio. Quatro guerrilheiros ficaram em frente à casa.
Nove entraram, renderam os empregados, cortaram as duas linhas
telefônicas
e dividiram-se: um grupo ficou vigiando os empregados
e
outro subiu ao quarto para chegar ao cofre. Pesava 350 quilos.
Devia
deslizar sobre uma prancha de madeira pela escadaria de mármore,
mas
acabou rolando escada abaixo. A ação durou 28 minutos
e foi coordenada
por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo,
que então
comandava a guerrilha urbana da VAR-Palmares em todo o país
e mais tarde
se tornaria pai da única filha de Dilma.
O casal planejou, monitorou e
coordenou o assalto ao cofre de Adhemar de Barros.
Dilma, no entanto,
não teve participação física na ação.
"Se tivesse tido, não teria nenhum
problema em admitir",
diz a ministra, com orgulho de seu passado de
combatente.
"A Dilma era tão importante que não podia ir para a linha de frente.
Ela tinha tanta informação que sua prisão colocaria em risco toda a
organização.
Era o cérebro da ação", diz o ex-sargento e ex-guerrilheiro
Darcy Rodrigues,
que adotava o codinome "Leo" e, em outra ação
espetacular,
ajudou o capitão Carlos Lamarca a roubar uma Kombi
carregada de fuzis de dentro de um quartel do Exército, em Osasco,
na
região metropolitana de São Paulo.
"Quem passava as orientações do
comando nacional para a gente era ela."
O ex-sargento conta que uma das
funções de Dilma era indicar
o tipo de armamento que deveria ser usado
nas ações e informar
onde poderia ser roubado. Só em 1969, ela organizou
três ações de roubo
de armas em unidades do Exército, no Rio.
Quando
foi presa, em janeiro de 1970, o promotor militar que preparou
a
acusação classificou-a com epítetos superlativos: "Joana D'Arc da
guerrilha"
e "papisa da subversão". Dilma passou três anos encarcerada
em São Paulo e foi submetida aos suplícios da tortura.
A atual ministra era tão temida que o Exército chegou
a ordenar a
transferência de um guerrilheiro preso em Belo Horizonte,
o estudante
Ângelo Pezzuti, temendo que Dilma conseguisse
montar uma ação armada de
invasão da prisão e libertação do companheiro.
Durante o famoso encontro
da cúpula da VAR-Palmares
realizado em setembro de 1969, em
Teresópolis, região serrana do Rio
, Dilma Rousseff polemizou duramente
com Carlos Lamarca,
o maior mito da esquerda guerrilheira. Lamarca
queria intensificar as ações de guerrilha rural,
e Dilma achava que as
operações armadas deveriam ser abrandadas,
priorizando a mobilização de
massas nas grandes cidades.
Do encontro, produziu-se um racha.
Dos 37
presentes, apenas sete acompanharam Lamarca.
Ficaram com boa parte das
armas da VAR-Palmares
e metade da fortuna do cofre de Adhemar de Barros.
Os demais concordaram com a posição de Dilma Rousseff.
A divergência com Carlos Lamarca não impediu Dilma
de manter uma
sólida amizade com a guerrilheira Iara Iavelberg,
musa da esquerda nos
anos 60, com quem o capitão manteve um tórrido
e tumultuado romance.
Dilma chegou a hospedá-la em seu apartamento,
no Rio. Juntas, iam à
praia, falavam de cinema, tornaram-se confidentes.
Nos três anos que
passou na cadeia, seu nome chegou
a aparecer em listas de guerrilheiros a
ser soltos
em troca da libertação de autoridades seqüestradas —
mas a
ação que renderia sua liberdade foi malsucedida.
Aos 55 anos,
recentemente separada de Carlos Franklin de Araújo,
Dilma Rousseff não
lembra a guerrilheira radical de trinta anos atrás,
embora exiba a mesma
firmeza. "Ela é uma mulher suave e determinada",
diz a jornalista
Judith Patarra, autora do livro Iara,
que conta a trajetória de Iara
Iavelberg (1944-1971).
"Quando a vi na televisão, percebi que Dilma
continua a mesma.
É uma mulher espetacular e será uma sargentona no
governo.
Ela não é mulher de meio-tom",
resume o ex-companheiro de
guerrilha Darcy Rodrigues.
(Veja Online, Edição 1 785 - 15 de janeiro de 2003).
http://veja.abril.com.br/150103/p_036.html
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