25 de set de 2015
UCHO.INFO
Pedaladas fiscais: TCU
rejeitará defesa do governo Dilma
e crime de responsabilidade será confirmado.
Contagem
regressiva –
A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU)
deve
rejeitar a maioria dos argumentos apresentados
pelo governo de Dilma Rousseff na defesa sobre irregularidades nas contas de 2014.
Isso confirma as matérias publicadas pelo UCHO.INFO,
com base em informações dos bastidores do TCU,
onde Dilma não conta com a simpatia de um ministro sequer.
Um dos ministros do tribunal disse ao editor, em conversa reservada,
Um dos ministros do tribunal disse ao editor, em conversa reservada,
que a derrubada de Dilma Rousseff é uma questão de honra
não apenas para
a Corte de Contas, mas principalmente para
a população brasileira, em
especial para a parcela que acreditou
nas mentiras destiladas durante a
corrida presidencial do ano passado.
O parecer de auditores da Secretaria de Macroavaliação Governamental (Semag),
O parecer de auditores da Secretaria de Macroavaliação Governamental (Semag),
que será concluído até o início do próximo mês, provavelmente
recuará diante de quatro das quinze distorções apontadas no balanço da
União.
Conforme técnicos do órgão, não haverá mudança de opinião
Conforme técnicos do órgão, não haverá mudança de opinião
sobre as
“pedaladas fiscais”, como são chamados os atrasos
no repasse de recursos
do Tesouro Nacional para os bancos públicos
pagarem despesas
obrigatórias de programas sociais, entre outras despesas.
Os auditores
afirmam que o entendimento a respeito,
de que as manobras são
irregulares, já está consolidado.
Atualmente, a equipe técnica apenas discute se o relatório se limitará
Atualmente, a equipe técnica apenas discute se o relatório se limitará
a descrever as conclusões sobre cada um dos quinze
pontos ou
será mais incisivo, recomendando aos ministros do TCU
a reprovação das
contas da presidente Dilma.
Essa seria uma manifestação inédita dos
auditores,
pois o padrão é que apenas o relator apresente uma sugestão
de voto em plenário.
Segundo apurou o site, com ou sem essa manifestação
explícita da equipe técnica, a decisão do TCU pela reprovação das
contas pode ser unânime.
Quem conduz o caso das “pedaladas fiscais”, na condição de relator,
Quem conduz o caso das “pedaladas fiscais”, na condição de relator,
é
o ministro Augusto Nardes, que tem declarado aos colegas
que votará
pela rejeição das contas de Dilma Rousseff.
A tendência é que a maioria
dos ministros o acompanhe.
A expectativa é que o TCU deve a sessão de
julgamento para 7 ou 14 de outubro.
Na última terça-feira (22), o governo enviou ao TCU novas normas
Na última terça-feira (22), o governo enviou ao TCU novas normas
para
reger repasses do Tesouro a bancos, como forma de sinalizar
que as
“pedaladas” são coisa do passado. Para os auditores, porém,
o gesto não
terá muito efeito, pois já há regras proibindo a prática e,
na avaliação
deles, o governo descumpriu-as.
(Danielle Cabral Távora e Ucho Haddad)
DIRETO AO PONTO
Marco Antonio Villa
com Augusto Nunes no Aqui entre Nós:
A oposição ainda não entendeu que o povo quer o impeachment.
No Aqui entre Nós desta quinta-feira, o historiador Marco Antonio
Villa
conversou com Augusto Nunes sobre a reunião dos governadores
de
oposição que nunca se opõem, a reforma ministerial
que vai do nada a
lugar nenhum, as manobras deliberadamente
contraditórias do PMDB,
o
fatiamento da Lava-Jato pelo tribunal que só mexe em time que está
ganhando e a estranha surdez que impede o PSDB de ouvir a voz das ruas:
“A oposição ainda não entendeu que o povo
quer o impeachment de Dilma
Rousseff”, afirma Villa.
LAVA-JATO
Procurador da Lava-jato diz que decisão do STF de fatiar investigação é uma derrota.
Segundo ele, ações sofrem porque um novo grupo de procuradores, policiais e juízes terá de tomar pé do trabalho.
Catarina Alencastro, O Globo
O coordenador da força-tarefa da investigação da Lava-jato no Ministério Público Federal no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, disse na noite desta quinta-feira que a decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar as investigações da operação foi uma derrota. Segundo ele, as investigações sofrem com essa medida, pois um novo grupo de procuradores, policiais e juízes terá de tomar pé do trabalho que vem sendo feito pela equipe paranaense há mais de um ano.
É claro que a investigação acaba sofrendo com a sua divisão. Nós vamos lutar e trabalhar arduamente para que não haja grandes perdas. Pelo contrário, para que consigamos agregar, a partir dessa derrota que nós tivemos no Supremo Tribunal Federal- disse Dallagnol.
O procurador citou a derrota da Alemanha na segunda guerra mundial como exemplo de país que se reergueu e disse que a equipe da Lava-jato também vai se "reinventar", colaborando com os novos investigadores do escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.
O coordenador da força-tarefa da investigação da Lava-jato no Ministério Público Federal no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, disse na noite desta quinta-feira que a decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar as investigações da operação foi uma derrota. Segundo ele, as investigações sofrem com essa medida, pois um novo grupo de procuradores, policiais e juízes terá de tomar pé do trabalho que vem sendo feito pela equipe paranaense há mais de um ano.
É claro que a investigação acaba sofrendo com a sua divisão. Nós vamos lutar e trabalhar arduamente para que não haja grandes perdas. Pelo contrário, para que consigamos agregar, a partir dessa derrota que nós tivemos no Supremo Tribunal Federal- disse Dallagnol.
O procurador citou a derrota da Alemanha na segunda guerra mundial como exemplo de país que se reergueu e disse que a equipe da Lava-jato também vai se "reinventar", colaborando com os novos investigadores do escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.
O procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol (Foto: Divulgação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário