Ano XI - 30 de Dezembro de 2014
GEORGE HILTON..
MINISTRO DAS CAIXAS
DE DO INHEIRO DA IGREJA UNIVERSAL
Quando decidiu nomear o “radialista, animador e pastor” (ele é da
Universal), George Hilton (PRB-MG) para o Ministério do Esporte, a
presidente Dilma Rousseff se esqueceu de consultar o Google.
Lá, está escrito que, em 2005, ele foi flagrado pela Polícia Federal
carregando caixotes de dinheiro e cheques, no aeroporto da Pampulha. Na
época, era filiado ao PFL, de onde foi expulso por causa do episódio.
Para os Jogos Olímpicos de 2016, Hilton já faz seus planos: quer ser o
locutor oficial da abertura e encerramento do evento.
Apoio garantido
Se alguém perguntar a Aloizio Mercadante,
o que achou
dos futuros ministros escolhidos por Dilma Rousseff
para seu segundo
mandato (e ele é radicalmente contra muitas escolhas),
ouvirá do
ministro da Casa Civil – e não oficialmente, porque o cargo não
lhe
permite quaisquer comentários – e em rodas mais chegadas
que “o
importante é criar condições para ter uma base aliada
no Congresso que
permaneça unida para aprovação de grandes projetos e reformas”.
Aí, se
alguém também perguntar quais são esses “grandes projetos e reformas”,
Mercadante ficará calado. Sabe que, de cara, reformas política, fiscal
ou trabalhista, não são prioridades para ela. E não há dinheiro para
projetos.
Nada de confraternização
Às vésperas do Natal, Dilma recebeu ministros e colaboradores diretos
para uma confraternização no Alvorada. Muitos que estão saindo,
nem
deram as caras: dos 39 titulares de Pastas, 12 não apareceram.
Tereza
Campello (Desenvolvimento Social) e Arthur Chioro (Saúde)
que vão
continuar, também não foram fazer um brinde de final de ano
com a Chefe
do Governo. Miriam Belchior, que deixa o Planejamento,
no mesmo
horário, fazia compras num shopping de Brasília,
aproveitando carro
oficial e um segurança.
Classe econômica
O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
foi passar
feriados de Natal em Miami e quem estava no aeroporto,
viu o novo
poderoso embarcar na classe econômica.
Na Bradesco Asset Management,
Levy ganhava, por ano
, perto de R$ 1 milhão; na Fazenda, oficialmente,
receberá anualmente,
pouco mais de R$ 300 mil. No começo do governo,
contudo,
deverá ter assento em alguns Conselhos de Administração de
estatais
que lhe reforçarão o orçamento domestico.
Festival de jetons
Para quem não sabe: nenhum ministro do primeiro mandato
de Dilma
– e a pratica deverá ser mantida no segundo – recebeu apenas o
salário de R$ 26,7 mil mensais. Todos aumentam o faturamento com
assentos em conselhos de empresas
como Petrobras, Finep, BNDES, Itaipu,
Banco do Brasil e outros, que rendem,
no mínimo, mais R$ 10 mil
mensais.
Alguns, ocupam esse tipo de lugar em duas estatais
ou outros
órgãos do governo, Miriam Belchior, do Planejamento,
ganhava até agora
mais de R$ 46 mil, produto de salário mais jetons da Petrobras e BR Distribuidora.
Futuros líderes
Eduardo Braga (PMDB-AM) vai para o Ministério de Minas e
Energia
e fica aberta uma vaga de líder do governo no Senado.
O líder
do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE)
é cotado para o lugar
devendo Romero Jucá (PMSB-RR)
ir para o seu posto. Humberto Costa
(PT-PE) também quer ser líder do governo
e Gleisi Hoffmann (PT-PR),
quer a liderança da bancada.
Só que todos sabem que, reeleito
presidente do Senado,
Renan Calheiros é que será o coordenador dos
interesses do Planalto no Congresso.
Acredite, se quiser
Parece até aqueles quadrinhos publicados nos jornais do mundo,
Believe it or not,
que viraram programa de TV com Jack Palance,
no século passado: a
Petrobras estaria quitando dividas
com fornecedores da Queiroz Galvão –
e poderá fazer a mesma coisa com outras empreiteiras.
A estatal está
afundada na maior divida corporativa do planeta,
R$ 331 bilhões, a
empreiteira está sob investigação acusada
de diversos crimes e seus
dirigentes eestão presos.
A Petrobras não consegue empréstimos, está reduzindo
investimentos e a Moody’s e a Standard & Poor’s vaticinam dias
trágicos para a estatal.
Baixos resultados
O governador do Ceará, Cid Gomes, ganhou o Ministério
da Educação, que não queria e, nem assumiu, já avisa que quer promover
uma reforma no sistema de ensino. Baseado em resultados de seu Estado,
ele é o menos indicado para o cargo (e para qualquer reforma), segundo
as entidades de ensaio do país. O governo colocou 110 escolas federais
no Ceará e a média do estado no Enem ficou em 3,4; em 2013, foi de 3,3.
Antecipação
Os próprios congressistas – dos que ficam aos que
entram –
estão de olho no calendário, lembrando que, em 19 de janeiro
, a
Justiça retoma seus trabalhos. Ou seja: seria tempo suficiente
para
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, elaborar
a denúncia da Lava Jato, antes da volta dos parlamentares, dia 1º de fevereiro..
Nova celebridade
Em plena missa de Natal, o celebrante padre Clairton
Alexandrino,
pároco da Catedral de Fortaleza (o santuário é muito
visitado por sua suntuosidade),
bateu forte em Dilma Rousseff, reclamou
do escândalo da Petrobras
e só salvou o juiz federal Sergio Moro.
Resultado: foi aplaudido
por quase 10 minutos e, no final da
celebração, posou para selfies
ao lado de uma legião de fiéis. Mais: trechos de sua homilia já estão no YouTube.
Muita purpurina
Em muitas festas de São Paulo e Rio – e certamente,
a
moda via infestar comemorações da passagem do ano
– já se pode ver
mulheres usando adesivos purpurinados
e coloridos no rosto (também
podem ser aplicados no corpo)
, que ganham brilho no escuro. Podem ser
comprados em cartelas,
com diversos formatos. O bloco GLBT também
aderiu.
Olho no extintor
Olho no extintor de incêndio do carro:
a partir de
janeiro será obrigatório o equipamento do tipo ABC,
à base de pó.
Os
carros fabricados desde 2009 já vêm com esse tipo de extintor,
mas a
duração é de cinco anos e os antigos terão de trocar.
O ABC custa, em
média, o dobro do outro.
Não cumprir a exigência é infração grave,
com
multa de R$ 127,6 e cinco pontos na carteira.
Todo cuidado é pouco
As mudanças no comando das estatais e de cargos muito
cobiçados
do segundo escalão (é nesse bloco que o PT poderá ter mais
postos)
devem ficar para depois do Carnaval. Dilma quer decidir com
muita calma.
O pessoal do Planalto ironiza dizendo que “se o sujeito
tiver mesmo multa de transito fica de fora”.
Escalão
A presidente Dilma Rousseff já escalou os homens que
deverão
tratar da coordenação política de seu governo.
Serão os
ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil),
Miguel Rossetto
(Secretaria-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais),
José Eduardo
Cardozo (Justiça) e Jaques Wagner (Defesa).
Outra campanha
Logo depois de ter seu nome ligado a um doleiro de
Brasília,
a JBS, presidida por Joesley Batista, holding dos produtos
Friboi,
Seara, Swift e outros, está fazendo uma super-campanha
institucional
na mídia brasileira, falando de sua origem, seus
funcionários e sua gestão.
Não quer que a imagem do grupo goiano seja
afetada.
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