REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' REVELA A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE LULA: UMA OPERAÇÃO ABAFA PARA IMPEDIR QUE O PETROLÃO FAÇA O PT EVAPORAR DO PODER PARA SEMPRE.
Embora a capa da revista Veja faça uma brincadeira com os leitores
estimulando-os a abrir a revista só depois do carnaval e aproveitar
o feriadão para desplugar da parafernália eletrônica que nos mantém
plugados 24 horas do dia, o certo é que o miolo da revista está irresistível.
A reportagem-bomba de Veja desta semana revela uma reunião dos petistas
de alto coturno com representantes dos empreiteiros grandalhões
ocorrida nesta semana.
O objetivo do encontro foi garantir aos mega empresários que
na verdade mantiveram os petralhas no poder até explodir o petrolão,
que passadas os festejos de Momo, Lula sairá da toca para comandar uma "operação-abafa",
cujo objetivo é esfarelar a Operação Lava Jato, impedindo
que os empreiteiros entreguem o próprio Lula e a 'Presidenta'.
Ninguém desconhece o fato de que os grandalhões envolvidos no petrolão
estão prontos para explodir e não há Revotril que os apascente.
Estão presos e humilhados. E, ao que parece, gostariam muito
de falar com o demiurgo de Garanhuns, vulgo 'Barba'.
É nesse ambiente nervoso, quando cresce
o movimento popular pelo impeachment da Dilma,
que se realizou a tal reunião cujo desfecho
foi a notícia de que Lula sairá da toca para transformar o petrolão
em piada de salão. Será?
Por tudo isso, este modesto escriba continuará ligado full-time.
Afinal, longe dos ruidosos folguedos carnavalescos figuras de cenhos
franzidos estarão procurando de todas as formas fazer sumir do horizonte
político as nuvens carregadas do petrolão.
Nesta madrugada o site de Veja ofereceu um resumo
da reportagem-bomba que chegará às bancas nesta sexta-feira
que transcrevo para vocês. Leiam:
A MORTE DO 'DEUS' PETRALHA
Desde a
morte do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos no ano passado,
o PT perdeu
seu grande estrategista em momentos de crise.
Chamado carinhosamente de
“God” (Deus, em inglês) pelos amigos,
o onipresente MTB foi convocado
para coordenar a defesa das empreiteiras
tão logo deflagrada a Operação
Lava-Jato. Ele tinha uma meta clara:
livrar seus clientes de penas
pesadas na Justiça e, de quebra,
o governo petista da acusação de
patrocinar um novo esquema
de corrupção para remunerar sua base aliada
no Congresso.
Negociador
nato, Thomaz Bastos se dedicava a convencer
o Ministério Público
Federal de que a roubalheira na Petrobras
não passava de um cartel entre
empresas -- e que,
como tal, deveria ser punido e superado com o
pagamento de uma multa bilionária.
Nada além disso.
A morte tirou o
criminalista cerebral da mesa de negociação.
MTB deixou um vácuo.
O
governo perdeu sua ponte preferencial com as empreiteiras,
o diálogo
entre as partes foi interrompido, e as ameaças passaram
a dominar as
conversas reservadas. Foi nesse clima de ebulição
que o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, assumiu o papel de bombeiro.
Ex-deputado
pelo PT e candidato há anos a uma vaga
de ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Cardozo
se lançou numa ofensiva para acalmar as
construtoras
acusadas de envolvimento no petrolão, que, conforme VEJA
revelou,
ameaçam implicar a presidente Dilma Rousseff e
o antecessor
Lula no caso se não forem socorridas.
Há duas semanas, o ministro
recebeu em seu gabinete, em Brasília,
o advogado Sérgio Renault,
defensor da UTC, que estava
acompanhado do ex-deputado petista
Sigmaringa Seixas.
O
relato da conversa percorreu os gabinetes de Brasília e os escritórios
de advocacia como um sopro de esperança para políticos e empresários acusados de se beneficiar do dinheiro
desviado da Petrobras.
UMA ARAPUCA PARA A OPOSIÇÃO
Não sem
razão. Na reunião, que não constou da agenda oficial,
Cardozo disse a
Renault que a Operação Lava-Jato mudaria de rumo radicalmente,
aliviando
as agruras dos suspeitos de crimes como corrupção e lavagem de
dinheiro.
O ministro afirmou ainda que as investigações do caso
envolveriam
nomes de oposicionistas, o que, segundo a tradição da
política nacional, facilitaria a costura de um acordo para que todos se
safem.
Depois disso, Cardozo fez algumas considerações sobre os próximos
passos e, concluindo, desaconselhou a UTC a fechar um acordo de delação
premiada.
Era tudo o que os outros convivas queriam ouvir.
Para
defender a UTC, segundo documentos apreendidos pela polícia,
o
escritório de Renault receberá 2 milhões de reais.
Além disso, se
conseguir anular as provas e as delações premiadas
que complicam a vida
de seu cliente, amealharia mais 1,5 milhão de reais.
Renault esgrime a
tese de que a Lava-jato está apinhada de irregularidades,
como a coação
de investigados. No encontro, Cardozo
disse o mesmo ao advogado, ecoando
uma análise jurídica
repetida como mantra pelos líderes petistas.
LULA E AS CINZAS
Depois
da reunião no ministério, representantes de UTC e Camargo Corrêa
recuaram nas conversas com o Ministério Público
para um acordo de
delação premiada.
A OAS manteve-se distante da mesa de negociação.
“Na
quarta-feira (um dia depois do encontro em Brasília),
fomos orientados a
suspender as conversas com os procuradores”,
confidencia um dos
advogados do caso.
Cardozo não operou esse milagre sozinho.
“Chegou o
recado de que o Lula entrará para valer no caso
e assumirá a linha de
frente.
Isso aumentou a esperança de que o governo não deixe as empresas
na mão”,
diz outro advogado de uma empreiteira.
Procurados
por VEJA, Cardozo, Renault e Sigmaringa
tropeçaram nas próprias
contradições ao tentar esclarecer
a reunião no Ministério da Justiça,
classificada por eles como um mero
bate-papo entre amigos sobre assuntos
banais.
Cardozo disse inicialmente que não se reuniu com Renault.
Depois, admitiu o encontro.
A primeira reação de Sigmaringa
também foi
negar a audiência com Renault no gabinete do ministro,
para, em seguida,
recuar.
Os amigos compartilham, como se vê, do mesmo problema de
memória.
Na versão de Cardozo, a reunião teria sido obra do acaso.
Sigmaringa, um “amigo de longa data”, teria ido visitá-lo.
Renault, que
estava em Brasília e tinha um almoço marcado
com o ex-deputado, decidiu
se encontrar com Sigmaringa também no ministério.
Pimba! Por uma
conjunção cósmica, o advogado da UTC,
empresa investigada pela Polícia
Federal,
acabou no gabinete de José Eduardo Cardozo.
Conforme
os estimados leitores podem constatar não há clima de jeito
nenhum para
as brincadeiras de carnaval, haja vista que o circo está de fato
pegando fogo.
Não dá para ficar de bobeira.
Sugiro que passem cedo na
banca mais próxima
e apanhem o exemplar de Veja e se preparem para a
quarta-feira de cinzas!
Matéria extraída do BLOG do Aluízio Amorim
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