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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

DILMA ESTA CONVOCANDO A TODOS PARA ESTAREM NAS RUAS DIA 15 /03 /2015 PARA DEFENDEREM O IMPEACHMENT DELA

23/02/2015
às 4:45
DILMA ESTA CONVOCANDO A TODOS PARA
 ESTAREM NAS RUAS DIA 15 /03 /2015 PARA 
DEFENDEREM O IMPEACHMENT DELA

Planalto dá como certo que protesto do dia 15 de março será gigante; por enquanto, a ordem dada ao PT é evitar o confronto com manifestantes. Um pouco de juízo não faz mal a ninguém!

O petismo acompanha com lupa a convocação nas redes sociais 
para os protestos em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, 
marcados para o dia 15 de março em várias cidades do país. 
O Planalto já dá como certo que haverá, sim, grandes manifestações,
 especialmente em São Paulo e Rio. 
Os mais pessimistas preveem que os atos possam levar até um milhão
 de pessoas às ruas Brasil afora. 
Dilma está perplexa, mas ainda não perdeu de todo o juízo, 
apesar da entrevista concedida na sexta-feira. 
Em princípio, o governo dirá que a democracia comporta manifestações 
de descontentamento e coisa e tal.
Caberá ao PT acusar de “golpistas” os promotores do evento.
 Intramuros, os petistas admitem que estão perdendo a guerra 
nas redes sociais e constatam que seus tradicionais propagandistas na subimprensa,
 reunidos sob a alcunha de “blogs sujos” —
 todos financiados, direta ou indiretamente, por dinheiro público —
, perderam influência. 
Algumas páginas são hoje bastante comentadas, 
sim, mas porque viraram motivo de chacota.
 São tomadas por aquilo que são: uma caricatura de jornalismo.
Na raiz de tudo, está, é evidente, a corrupção da Petrobras.
 Eis um caso que pegou.
 E que continuará na lista de insultos ao povo brasileiro
 até que os responsáveis sejam punidos.
 O que preocupa os magos do governo é que a fase do desgaste 
propriamente político ainda vai começar. 
Mesmo que surjam nomes da oposição no rolo,
 como adiantou a um advogado de empreiteira o ministro José Eduardo Cardozo,
 o PT e o governo continuarão a ocupar o centro do palco.
O partido chegou a pensar, sim, em fazer a contramanifestação,
 no melhor estilo das milícias chavistas, tentando disputar espaço
 com os que vão às ruas cobrar o impeachment de Dilma, mas desistiu. 
Prevaleceu, o que não costuma ser regra por lá, o bom senso:
 o comando do partido percebeu que poucos estariam dispostos 
a fazer uma marcha que poderia se confundir com a apologia da impunidade e do crime.
Gente do próprio entorno de Dilma desestimulou a contramarcha.
 Alertou-se para o risco de confronto, o que, fatalmente, 
elevaria a temperatura da crise, que, até agora ao menos,
 não chegou às ruas de forma mais evidente.
 O partido não descarta manifestações de apoio à governanta, 
mas não no mesmo dia em que milhares podem ir à praça
 expressar seu descontentamento com o partido.
E por que os planaltinos fazem uma previsão tão pessimista para o governo? 
Uma fonte do Palácio diz que eles aprenderam algumas 
lições com as manifestações de 2013. Embora o motivo original 
fosse a precariedade do transporte público, outras demandas se juntaram
, outros descontentamentos foram se somando. 
E, convenham, a realidade, então, era bem outra, bem mais favorável a Dilma.
O país crescia mais, a inflação era menor, não se conheciam
 os descalabros da Petrobras, e, atenção!, 84% (segundo o Datafolha) 
diziam que a gestão Dilma era ótima ou boa. 
Hoje, depois de tudo, apenas 23% afirmam a mesma coisa —
 espantosos 61 pontos a menos. 
O país começa a viver, provavelmente, o seu segundo ano de recessão,
 a inflação estourou o teto da meta, a tarifa de energia elétrica
 teve um reajuste brutal, os brasileiros não aguentam mais ouvir falar em escândalos,
 e é evidente que Dilma deu um beiço nos brasileiros na disputa do ano passado.
 Prometeu alhos e vai entregar bugalhos.
O que deixa os politicólogos de Dilma aflitos é não enxergar o fio da meada.
 A presidente deve voltar a viajar, tentando cair no colo das massas —
 de massas devidamente selecionadas e controladas, claro!, 
especialmente no Nordeste. Sairá por aí distribuindo algumas
 casinhas do “Minha Casa Minha Vida”, tentando retomar a agenda positiva.
 Mas, admite-se por lá, a coisa está difícil.
Resume um interlocutor: “Em 2012, a ideia da faxina foi positiva para o governo;
 a própria Dilma a explorou. A coisa era diferente.
 As denúncias vinham sobretudo da imprensa e, na maioria das vezes, 
não havia muito mais do que se denunciava, 
e a presidente podia fazer intervenções pontuais e sair ganhando politicamente.
 Agora, não. Esse negócio da Petrobras virou um saco sem fundo…
 A única coisa que a gente sabe é que hoje é pior do que ontem
 e melhor do que amanhã”. E ele admite: “A gente não consegue respirar”.
Bem, convém que não falte ao menos juízo onde faltam talento e competência.
 Tenham as pessoas a opinião que for sobre o impeachment —
 já que, suspeito, não ocorre a ninguém contestar o direito à livre manifestação,
 desde que dentro da lei e da ordem —, 
a tarefa número um de governantes é atuar para amenizar riscos, 
não para extremá-los. E, havendo alguém interessado em, digamos, 
desmobilizar os espíritos, é prudente que aconselhe a presidente 
a não conceder novas entrevistas como a de sexta-feira. 
Afinal, não fica bem a própria Dilma ser a principal incitadora
 de uma manifestação que pede o seu impeachment.
Texto publicado originalmente às 3h15
 
Por Reinaldo Azevedo
DILMA ESTA CONVOCANDO A TODOS PARA
 ESTAREM NAS RUAS DIA 15 /03 /2015 PARA
DEFENDEREM O IMPEACHMENT DELA
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