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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Doenças mentais


Doenças mentais

“Doença mental” engloba um amplo espectro de problemas patológicos que afectam a mente, usualmente provocando grande desconforto interior e alterando comportamentos.

Provoca uma enorme variedade de sintomas entre as quais queixas a nível do humor, ansiedade, memória, percepção e pensamento.

As doenças mentais estão relacionadas com o sistema nervoso que tem como missão coordenar as várias funções corporais e facilitar a adaptação do organismo ao meio que o rodeia. Muitas das funções que o sistema nervoso controla actuam de uma forma inconsciente e involuntária pelas estruturas nervosas do córtex cerebral. Também existem muitas outras actividades que necessitam da intervenção consciente e voluntária do córtex cerebral, como acontece, por exemplo, com as funções nervosas superiores ou intelectuais: a capacidade de raciocínio, o pensamento, a memória, a aprendizagem, a linguagem e o comportamento.

As doenças mentais, tal como a maioria das doenças, são multifactoriaisou seja, resultam da combinação de diferentes factores. Assim é na conjugação da nossa base genética com o meio que nos envolve e seus momentos ou períodos importantes que a doença pode surgir, repentinamente ou de forma mais insidiosa. Uma das clássicas formas de olhar para as causas das doenças mentais subdivide-as em doenças de causa endógena (resultado de factores hereditários e constitucionais) e em doenças de causa exógena, sendo que estas, ao contrário das primeiras, são mais reactivas aos acontecimentos do dia-a-dia e menos dependentes da nossa genética, biologia e fisiologia.

Uma das doenças que deriva da participação de factores genéticos é o atraso mental, que muitas vezes é devido a alterações genéticas ou cromossómicas e a problemas metabólicos ou lesões anatómicas ocorridas durante a gravidez, o parto ou nos primeiros anos de vida, afectando o desenvolvimento do sistema nervoso central. Há inúmeros problemas genéticos ou cromossómicos que podem, entre as suas manifestações, provocar um atraso mental, destacam-se a síndrome de Down (trissomia 21) e as síndromes de Klinefelter e de Turner. Noutros casos, o problema pode ser provocado por problemas orgânicos, independentemente de serem infecciosos (rubéola, toxoplasmose, sífilis), tóxicos (alcoolismo, toxicomania) ou traumáticos, que afectam a mãe ao longo da gravidez. Para além disso, qualquer problema que provoque um aporte insuficiente de oxigénio ao feto também pode provocar um atraso mental congénito. Por vezes, a deficiência mental é provocada por problemas ou sequelas de doenças que afectam o sistema nervoso central nas primeiras fases da vida, como traumatismos, meningite, encefalite ou grave desnutrição. Por fim, o meio em que o paciente vive, nomeadamente uma evidente falta de estímulo ou de afecto nos primeiros anos de vida, também pode provocar um certo grau de atraso mental.

Outra doença mental é a depressão que pode ser provocada por uma série de factores, relacionados com uma certa predisposição, que favorece o desenvolvimento do problema e por outros factores precipitantes, que a podem desencadear a qualquer momento, embora nem sempre estejam presentes. De acordo com dados estatísticos, a depressão é muito mais frequente nos gémeos e nos filhos de pessoas deprimidas do que no resto da população, o que leva a crer que existe uma certa predisposição genética, transmitida de forma hereditária, para se ser afectado pela doença. Dado que as alterações genéticas responsáveis por esta predisposição, infelizmente, ainda não foram identificadas, actualmente ainda não é possível detectá-las. Um outro grande factor predisponente, decerto provocado pelas alterações genéticas anteriormente mencionadas, corresponde à diminuição da quantidade e, consequentemente, da actividade de uma série de neurotransmissores ou mediadores químicos responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos. De facto, constatou-se que a diminuição da concentração e da actividade da dopamina, serotonina e noradrenalina em determinados sectores do sistema nervoso central tem um efeito depressivo no estado anímico. A personalidade depressiva, provocada pelos factores genéticos e neurológicos referidos e pela influência do ambiente familiar e social durante os primeiros anos de vida, constitui um antecedente muito comum da depressão. Os indivíduos com personalidade depressiva caracterizam-se por uma grande obsessão com as suas responsabilidades e com a ordem nas suas amizades, no trabalho e nos seus relacionamentos, no entanto, como esta exigência é tão exagerada, acabam por achar, na maioria dos casos, que não conseguem satisfazê-la, sentindo-se frustrados e com sentimento de culpa, o que os leva facilmente a situações de stress. Um outro factor predisponente muito importante é a influência do ambiente sociocultural numa época como a actual, na qual são exaltados valores, nomeadamente ao nível do sucesso económico, afectivo e social, cuja difícil concretização pode gerar uma constante tensão. Por outro lado, a acção dos factores precipitantes permite uma descida temporária, embora brusca e exagerada, da quantidade ou actividade dos neurotransmissores já mencionados, o que favorece o desenvolvimento de uma depressão. Estes factores podem ser do tipo orgânico, como em caso de esgotamento físico, ou dever-se a alguns problemas endócrinos, como o hipotiroidismo, ou ao alcoolismo. De qualquer forma, na maioria dos casos, são do tipo psicológico, por vezes relacionados com situações que provocam uma grande tristeza. Por outro lado, em alguns casos, estes traumas psicológicos são provocados por circunstâncias que não deveriam ser interpretadas como negativas - por exemplo, após uma mudança de casa ou de país - ou por outras que poderiam ser consideradas positivas - como o caso da reforma ou uma iminente promoção profissional.

Pertencente ao grupo das psicoses, a esquizofrenia, grave problema mental, caracteriza-se por uma evidente desorganização da personalidade, perda de noção da realidade e dificuldade nas relações afectivas, sociais e profissionais. A causa da esquizofrenia ainda não é conhecida, mas é provável que seja provocada por factores genéticos, pois o problema é mais frequente no seio de determinadas famílias do que na população em geral. Por outro lado, o estudo anatomopatológico de alguns pacientes falecidos evidenciou determinadas alterações anatómicas ao nível do encéfalo, contudo, como a sua origem ainda é desconhecida, os investigadores não conseguiram chegar a uma conclusão unânime no que se refere ao seu significado. É igualmente possível que o problema seja originado por vários factores neurofisiológicos, já que o registo da actividade cerebral da maioria dos pacientes apresenta consideráveis alterações. Por fim, considera-se que existem determinados factores psicológicos e ambientais, tais como o antecedente de uma mãe autoritária e um pai passivo ao longo dos primeiros anos de vida, que poderiam desempenhar, de um ponto de vista psicológico, um importante papel na origem deste problema.

Tipos de doenças Mentais

      
A primeira coisa a ter presente para se compreender um indivíduo com doença mental, é o facto das doenças mentais ou psíquicas serem efectivamente doenças e o comportamento disfuncional pode ser mais doloroso para o próprio do que para os outros.
Deve-se também reconhecer que um comportamento problemático, sem uma causa aparente, pode ser o resultado de uma doença emocional e não uma falha de carácter.
Há diversos exemplos de comportamentos problemáticos que, manifestados durante um longo período de tempo, podem indicar que a pessoa tem uma perturbação emocional. Inclui-se neste caso a agressividade, a tristeza excessiva, a preocupação exagerada, a falta de confiança nos outros, o egoísmo e avareza, o abandono e dependência, o fraco controlo emocional e a hipocondria.
Há muitos tipos diferentes de doenças mentais, tais como:

DEPRESSÃO E DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA

A Depressão é uma doença mental que pode afectar o humor durante longos períodos de tempo. Os sintomas incluem: perturbação do apetite e do sono, fadiga e perda de energia, sentimentos de inutilidade, culpa e incapacidade, falta de concentração e preocupação com a morte, desinteresse, apatia e tristeza.
A Depressão pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade e, sem tratamento, pode conduzir ao suicídio.
A Doença Maníaco-Depressiva ou Doença Bipolar é também uma doença mental caracterizada por oscilações do humor, havendo períodos de extrema exaltação e outros de depressão profunda.
A fase maníaca manifesta-se por um comportamento hiperactivo, com euforia ou irritabilidade,  insónia, discurso e pensamento rápido e, por vezes, ideias de grandeza.

 

ESQUIZOFRENIA

A Esquizofrenia é uma doença mental grave e crónica que, sem tratamento, impossibilita a pessoa de se comportar normalmente na família, no trabalho e na comunidade.
Os sintomas incluem: - Alucinações (“vozes” e outras), delírios ou falsas crenças patológicas que não são corrigíveis pela razão, pensamento desorganizado, alterações dos afectos, das emoções, do juízo crítico e de vontade.
A pessoa que sofre de esquizofrenia pode falar incoerentemente, deixar de falar, ter respostas emocionais desadequadas, humor embotado ou neutro, ausência de respostas emocionais ou períodos longos de exaltação ou depressão, ideias de perseguição e grandeza ou outras de conteúdo fantástico. Com um tratamento farmacológico adequado, grande parte destes sintomas atenuam-se ou desaparecem.
 
PERTURBAÇÕES ANSIOSAS
Há três principais tipos de perturbações ansiosas:
  • Fobias
  • Perturbação de Pânico
  • Perturbação Obsessivo-Compulsiva
As pessoas com Fobias sentem imenso terror quando confrontadas com situações específicas (estarem em locais superlotados ou terem de falar em público) ou com certos objectos ( pontes ou animais, por exemplo).
As fobias podem impedir a pessoa de ter uma vida normal, obrigando  o indivíduo a fazer adaptações na actividade diária, evitando essas situações ou objectos.
A Perturbação do Pânico é caracterizada pelo aparecimento repentino de um sentimento de terror (pânico), sem causa aparente. Durante o ataque de pânico, a pulsação aumenta, a respiração torna-se rápida e o doente pode suar ou ficar com vertigens. A pessoa passa a recear constantemente que as crises se repitam.
Quem sofre de Doença Obsessivo-Compulsiva tem pensamentos repetitivos, persistentes, involuntários, de conteúdo estranho ao Eu e a propensão a comportamentos ritualizados, que o doente não consegue controlar, tais como lavar constantemente as mãos, verificar repetidas vezes, contar, arrumar etc...
 PERTURBAÇÕES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
A Anorexia Nervosa e a Bulimia são doenças do comportamento alimentar, em ligação com a imagem corporal e o controle do impulso alimentar.  Podem ser graves.
Na Anorexia o doente não come, chegando a passar fome, devido a uma distorcida imagem corporal, que lhe causa aversão à comida.
A Bulimia é um ciclo de “encher” (consumindo grandes quantidades de comida) e “purgar” (quer induzindo o vómito, quer pelo abuso de laxantes).
Quem sofre de Anorexia ou Bulimia tem uma preocupação excessiva com a comida e um medo irracional de ficar gordo. 90% dos doentes com Anorexia e Bulimia são do sexo feminino.



DEPRESSÃO
Síndrome depressivo" é a tristeza profunda que afeta a totalidade da vida psíquica e física e as relações da pessoa doente, sendo acompanhada em maior ou menor grau por sintomas de inibição, ou angústia, e por diferentes manifestações físicas. Na prática, aproximadamente 40% dos que consultam um serviço de Saúde Mental de um Hospital Geral de forma ambulatória, apresentam um transtorno depressivo, sendo a população feminina a mais afetada.
A depressão é o fator mais importante de risco no suicida: 70% dos suicidas apresentam sintomas depressivos, mas a intensidade dos sintomas não constitui, em si, um fator adicional de risco.
Causas: 
A depressão é um dos típicos transtornos nos quais há uma "personalidade com predisposição", sendo destacada a tendência obsessiva pela ordem. São pessoas sóbrias, razoáveis, formais e com sentido do dever, escrupulosos moralmente, com tendência a culpar-se, etc.
O aparecimento de um quadro depressivo pode ser desencadeado pela perda de um objeto (uma pessoa ou uma abstração) que, por seu valor simbólico, leva a uma diminuição da auto-estima. Essa perda produz frustração que provoca hostilidade que, em lugar de dirigir-se ao objeto frustrador, se torna contra o próprio paciente, como consequência da identificação que se formou entre o objeto e a pessoa. Este nojo contra si mesmo se apresenta na forma de sentimentos de culpa.
Quadro Clínico: 
Do ponto de vista clínico podemos dividir os transtornos depressivos em:
1 - Primárias O quadro depressivo não depende de outra doença, seja mental ou física. Este se divide por sua vez em:
a. Depressões endógenas: A tristeza profunda constitui o sintoma principal. Surgem sentimentos de fracasso e pessimismo, com diminuição da auto-estima. A agressividade voltada a si mesmo leva ao aparecimento de penosos sentimentos de auto-repreensão e de culpa. O doente vê diminuído seu interesse por aquelas coisas que, até aquele momento, constituíam seu mundo, podendo levar a um estado de absoluta indiferença e desinteresse por tudo. A pessoa tende ao isolamento, recusa o contato com familiares e amigos, se torna calado e isolado. Entre os distintos sintomas físicos podem aparecer: diminuição do apetite e de peso, transtornos do sono, cansaço, cefaléias, secura bocal, constipação, palpitações, enjÿos e alterações do ciclo menstrual. Dificuldade para dormir, sonho interrompido e, sobretudo, o despertar precoce na madrugada com impossibilidade de voltar a dormir, são as alterações mais frequentes.
b. Depressão psíquica: Sob esta denominação se inclui um grupo de transtornos com características particulares. Se apresentam como um estado de ânimo deprimido quase contínuo, durante períodos prolongados, sendo mais comum no sexo feminino. Diferente da endógena, o início de cada episódio é lento e frequentemente impreciso, manifestando-se pelos seguintes sintomas: insônia, pensamentos pessimistas e auto-denegridores, perda progressiva da energia ao longo do dia, com cansaço e tendência a permanecer deitado, diminuição da auto-estima, mas sem um marcado sentimento de culpa. Às vezes, o quadro depressivo aparece como reação a um fator estressante, surgindo pouco tempo depois de iniciado o agente causador.
2 - Depressões secundárias
Surgem como uma manifestação de outro transtorno ou doença, entre as quais podemos destacar: hipotiroidismo, déficit vitamínico, diabete, doença de Parkinson, AIDS, enfarte de miocárdio, abuso de substâncias (álcool, soníferos, tranqÿilizantes), câncer, etc. Manifesta-se com a tristeza acompanhada de cansaço, diminuição da atividade por falta de forças, tendência ao choro, à angustia e ao desespero, insÿnia e falta de apetite.
Tratamento: 
O tratamento das depressões, qualquer que seja o agente desencadeante, deve ser baseado numa conduta terapêutica integral que combine três aspectos:
- Biológico: compreende a utilização de medicamentos, como os antidepressivos tricíclicos, inibidores da MAO, ou os chamados de "nova geração" (fluoxamina, trazadona, etc.). A melhoria tende a ser evidente no curso da quarta ou quinta semana.
- Psicológico: a redução dos sintomas, a compreensão e resolução dos conflitos psíquicos, assim como a modificação da conduta, são alguns dos possíveis benefícios que o tratamento psicoterápico pode oferecer.
- Social: o apoio familiar e comunitário são muito importantes no benefício máximo que se pode obter com o tratamento.

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