SERGIO DE MATOS O LIBERTADOR HUMANISTA.
.PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS.
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POLITICA E DIREITOS HUMANOS E CONCIENTIZAÇÃO
De 'shopping' no Congresso à isenção fiscal para igrejas: os jabutis da MP 668
Terceira
medida do pacote fiscal aprovada no Congresso recebeu uma enxurrada de
emendas sobre assuntos que não têm nenhuma relação com o ajuste
- Atualizado em
'Jabuti' é um jargão utilizado pelos parlamentares para
definir a
emenda anexada ao texto de uma medida provisória,
mas que não tem
nenhuma relação com seu tema central.
Foi o que aconteceu nesta
quinta-feira na aprovação da MP 668
, a terceira medida do pacote de
ajuste fiscal que passou pelo Congresso
direto para a sanção da
presidente Dilma Rousseff.
A proposta (que mais interessa ao governo)
determina o aumento dos tributos sobre mercadorias importadas.
Mas
também autoriza o Congresso a fechar parcerias público-privadas (PPPs)
para tocar obras públicas, isenta as igrejas de pagarem
contribuição
previdenciária sobre os salários de lideranças religiosas,
trata da
tributação sobre a cadeia produtiva de leite e amplia
a lista de
municípios que compõe o semiárido brasileiro.
"É uma verdadeira árvore de natal, tantos são os penduricalhos
que
chegam nessa medida provisória", definiu o senador Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB),
líder da bancada tucana na Casa. Das tantas emendas,
a mais
criticada pelos parlamentares da oposição era a chamada "PPP do
shopping".
O texto foi incluído na Câmara por empenho pessoal do
presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se comprometeu durante a
campanha
a ampliar a estrutura do Congresso, com novos gabinetes,
auditório,
estacionamento e até um centro comercial - daí a ideia de
shopping.
Ironicamente, a MP 668 que prevê uma receita adicional
de 3 a 4
bilhões de reais por ano
, também dá aval para a construção de um
empreendimento
avaliado em cerca de 1 bilhão de reais.
Leia também: Medidas aprovadas pelo Congresso farão o governo gastar mais Ajuste fiscal deve ser garantido com aumento de impostos
A 668 não é a única MP do pacote fiscal que, ao passar pelo
Congresso,
acabou acarretando em despesas extras. A MP 665,
que
dificulta o acesso ao pagamento de pensão por morte e auxílio doença,
foi aprovada nesta quarta com um texto que altera a regra do fator
previdenciário,
ou seja, possibilita que os brasileiros consigam se
aposentar
com menos idade do que estipula as regras atuais.
O governo
avalia que a proposta pode custar até 1,1% do PIB
e aumentar ainda mais o
rombo da Previdência Social.
O modo como a MP 668 foi votada rendeu reclamações
até do seu
relator, senador Acir Gurgacz (PDT),
que se queixou do pouco tempo de
avaliação do projeto na Casa -
a medida perde a validade no dia 1º de
junho.
"No atual formato de tramitação, o Senado não pode
legislar nem
revisar o processo; só lhe resta confirmar
o que vem da Câmara ou do
Executivo. Gostaria de mudar
alguns itens, mas é impossível pelo sistema
de tramitação atual",
comentou o senador. Confira a lista de 'jabutis' aprovados na MP 668: PPP do shopping -
Concede a prerrogativa para Câmara
e o Senado fecharem parcerias público-privadas
para contruir obras públicas Isenção de INSS para igrejas -
Isenta as igrejas de
contribuição
previdenciária ao INSS sobre o pagamento de padres,
pastores
ou demais membros da ordem religiosa Cadeia produtiva do Leite -
Altera a forma de
aproveitamento
de créditos presumidos do Pis e da Cofins
de empresas ou
cooperativas que comprem
ou recebem leite in natura de produtor pessoa
física
ou de cooperativas Recuperação judicial - Aumenta de 84 para 120 meses
o prazo para empresas em processo de recuperação judicial parceleram
suas dívidas com a Fazenda. Semiárido - Inclui na lista de cidades do semiárido
beneficiárias do Fundo Constitucional do Nordeste municípios
de Alagoas,
Ceará e Paraíba Dívidas com a União - Permite aos contribuintes
usarem valores de depósito judicial para o pagamento
de pedágio exigido
em parcelamento de dívidas com a União. Terracap - A Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap)
terá novas situações de isenção de tributos da União Instituições bancárias - Autoriza os bancos que passaram
por intervenção liquidação extrajudicial a compensação
de prejuízos fiscais com o lucro futuro Sistema S - Autoriza entidades do sistema S
a serem
cessionárias de servidor publicador.
Ou seja, poderão ter seus cargos de
direção
preenchidos por servidores públicos federais,
sem que ocorra
aumento de gastos da União.
A remuneração do servidor será feito pela
entidade cessionária. (Da redação)
As medidas que vão na contramão dos ajustes
Três vezes mais para o Fundo Partidário
De uma tacada só, o Congresso aprovou e a presidente Dilma Rousseff
sancionou uma emenda que triplica a verba destinada aos partidos
políticos,
o chamado Fundo Partidário.
Os deputados e senadores já
vinham incrementando
a receita do fundo ano após ano.
Mas em 2015
promoveram um aumento recorde
: de 289,5 milhões de reais para 867
milhões de reais. Até o PMDB –
um dos maiores beneficiários da proposta - fez um apelo para que
a presidente vetasse o reajuste.
O presidente do
Senado, Renan Calheiros, classificou
a sanção de Dilma como a “pior”
possível para questão.
Para o PT e outros partidos nanicos, no entanto, a
mudança veio em boa hora.
O diretório do partido havia decidido que não
receberia mais doação de empresas privadas.
A emenda foi adicionada ao
Orçamento deste ano pelo senador Romero Jucá (PMDB-PE).
Como
justificativa para o aumento exorbitante, ele afirmou que os
parlamentares haviam pedido, inicialmente, 2 bilhões de reais para o
fundo.
Mudança no fator previdenciário
Considerada uma derrota para o governo, a Câmara dos Deputados
aprovou
uma medida que cria uma alternativa ao chamado fator previdenciário.
Criado no governo FHC, o mecanismo dificulta aposentadorias precoces.
Se
for sancionado, a população poderá se aposentar com menos idade
do que a
estipulads pelas regras atuais.
A alteração incluída como emenda ao
texto da MP 664,
que restringe o acesso à pensão por morte e faz parte
do pacote fiscal,
era um dos antigos pleitos do PT. Em época de corte de
gastos, no entanto,
o partido foi contrário à proposta, enquanto que o
PSDB a apoiou.
A proposta pode custar até 1,1% do PIB e aumentar ainda
mais o rombo
da Previdência Social. O governo já sinalizou que vai
barrar a medida,
que ainda precisa ser votada no Senado e passar pelo
crivo de Dilma.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
contudo,
já prometeu resistência.
Mais dinheiro para o BNDES
O Congresso aprovou a liberação de mais 50 bilhões de reais para o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor
será usado para emprestar dinheiro a juros subsdiados pelo Tesouro
Nacional. Mesmo sem ter onde tirar dinheiro, o governo apoiou a medida
tendo em vista o pacote de concessões em obras de infraestrutura que
deve ser lançado em junho. Como a inflação está nas alturas, a única
forma de atrair o setor privado para os empreendimentos é oferecendo
empréstimos com taxas de juros abaixo das do mercado. A proposta foi
aprovada por larga diferença tanto no Senado como na Câmara. Em dezembro
do ano passado, o governo já tinha liberado o repasse de mais 30 bilhões de reais para o BNDES.
Mais de 70% de aumento para o Judiciário
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um aumento
de 53% a 78% no salário de servidores do Poder Judiciário. O reajuste
será aplicado de forma escanolada, de julho deste ano até dezembro de
2017, e dependerá do cargo exercido por cada funcionário . Um analista
judiciário, com nível superior, por exemplo, recebe inicialmente
8.803,97 reais, enquanto que um técnico judiciário, de nível médio, é
renumerado em 5.365,92 reais. Ao todo, há cerca de 120.000 pessoas
trabalhando para o judiciário, atualmente. O impacto da medida será da
ordem de 25 bilhões de reais para os próximos quatro anos. Só em 2015, a
despesa seria de 1,5 bilhão de reais. o governo até tentou barrar a
aprovação da proposta, que agora segue para votação no plenário em
regime de urgência, mas teve que ceder na última hora.
Mais salário para os defensores públicos da União
A Câmara dos Deputados aprovou uma medida que equipara os salários dos
defensores públicos da União aos vencimentos dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) . Segundo a proposta, os defensores passarão a
receber 33.763 reais - antes, eles ganhavam 31.000 reais. O impacto da
medida sobre os cofres do governo no ano é de 100 milhões de reais. O
projeto seguiu para o Senado. Em janeiro deste ano , a presidente Dilma
Rousseff sancionou a lei que aumentou o salário dos magistrados da
Suprema Corte para 33.763 reais. O valor é usado como o teto salarial
para os funcionários públicos.
'Shopping' no Congresso
Liderados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, os deputados
incluíram um artigo na MP 668, que eleva as alíquotas de PIS/Cofins para
importação, que dá aval para a instalação de um complexo de edíficios
na Casa. O empreendimento prevê a construção de um estacionamento
subterrâneo, gabinetes, um auditório, lojas e restaurantes. Os
parlamentares contrários ao projeto chamaram-no de "shopping" . O valor
do projeto foi orçado em 1 bilhão de reais. Tanto o PT como o PSDB se
posicionaram contra a medida, que é uma das bandeiras de Cunha. Com o
aval, a Câmara procura fazer uma parceria público-privada para fazer as
obras.
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