22 de maio de 2015
Nos braços do povo
O grande sonho do ex-presidente Lula é voltar ao poder
“nos braços do povo”,
repetindo a eleição de Getúlio Vargas. E, como
ainda não desistiu
e começa a achar que o governo de Dilma e o
enfraquecimento do PT
poderão atrapalhar seu vôo eleitoral em 2018,
quer trabalhar à distancia.
Criou um grupo para auxiliá-lo nessa
missão, com alguns nomes discutíveis:
Antonio Palocci, os prefeitos
Fernando Haddad e Luiz Marinho,
os secretários da prefeitura paulistana
Alexandre Padilha
e Arthur Henrique, Josué Gomes e o sindicalista
Rafael Marques,
do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Lula acha que
é o
maior do que o partido e bem maior do que Dilma.
Grupo complicado
Quem acompanha de perto essa nova articulação de Lula
acredita que a estratégia começa errada a partir dos nomes do grupo
constituído:
de cara, Josué Gomes avisa que apenas participa de alguma
reunião
quando é chamado; Fernando Haddad, Luiz Marinho
e Alexandre
Padilha são fracos de política hoje
e têm baixa popularidade e o
sindicalista Rafael Marques,
atualmente está mais preocupado com
demissões da categoria
e perda de benefícios contidos no reajuste de
Joaquim Levy.
Antonio Palocci, como se sabe, atua nas sombras.
Mais juros
Quem convive com a equipe econômica de Joaquim Levy
aposta que o ciclo da alta dos juros (Selic) vai continuar
até que a
projeção do Banco Central registre a inflação na meta de 4,5% em 2016.
Hoje, a taxa está em 13,25% e não há um teto pré-determinado.
Fazendo as contas
O governo federal tem 107 mil cargos de confiança, com
os quais brinda
correligionários do PT e de demais legendas que fazem
parte da base aliada.
Como Dilma está no segundo mandato, quem ocupava
cargos no primeiro mandato
, não quer deixar a cadeira, o que complica
ainda mais a distribuição
de postos do segundo (e até terceiro)
escalão.
Nesses dias, a coordenação política do Planalto chegou
à
conclusão que, se tivesse cinco vezes mais cargos existentes,
ainda
assim seriam poucos para atender os aliados.
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