Ricardo Pessoa delatou gráfica fantasma da campanha de Dilma Rousseff
e avisou: “Não vou poupar ninguém”
Ricardo Pessoa delatou a VTPB.
A gráfica fantasma de Beckembauer Rivelino, irmão do jornalista Kennedy Alencar,
foi usada para lavar propina do esquema de corrupção da Petrobras,
segundo o empreiteiro.
Ele também avisou: “Não vou poupar ninguém”.
A reportagem da IstoÉ desta semana informa:
“Uma das pistas reveladas por Pessoa atinge diretamente a campanha de Dilma
e sua contabilidade.
Aos procuradores, o dono da UTC teria indicado que parte dos R$ 26,8 milhões
que o PT pagou a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior teve origem no Petrolão.
Só a campanha de Dilma injetou na VTPB quase R$ 23 milhões,
dinheiro que daria para imprimir 368 milhões de santinhos do ‘tipo cartão’,
modelo descrito nas notas fiscais anexadas à prestação de contas.
O montante é duas vezes e meia o total de eleitores habilitados no País.”
Não é maravilhoso? O PT paga o suficiente para imprimir material
de campanha para dois Brasis e meio, e quer quer que você acredite
que o objetivo era mesmo imprimi-lo.
Tem mais:
“Em suas conversas com os procuradores,
Pessoa afirmou que a gráfica foi usada para que dinheiro fruto do Petrolão
chegasse à campanha petista como se fosse uma doação oficial.
Com isso, endossou a tese de investigadores da Lava Jato sobre
a possibilidade de o caixa oficial da campanha ter sido ferramenta
para lavar dinheiro de corrupção.”
Por fim:
“A suspeita sobre o uso da VTPB levou o vice-presidente do TSE,
o ministro Gilmar Mendes, a oficiar a Procuradoria Geral da República,
a Receita Federal, a Secretaria de Fazenda de São Paulo
e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Em seu despacho, Gilmar alegou ‘indícios de irregularidades’
nas contas da ‘gráfica fantasma’.
A iniciativa, que agora terá o apoio do Ministério Público,
servirá para rastrear a origem do dinheiro e seu destino final, saber se a UTC
bancou diretamente os custos de impressão dos santinhos
ou se o dinheiro passou pela conta do PT, e se os serviços foram realmente prestados.
Em suas delações, Pessoa detalha a participação do ex-tesoureiro de Dilma
e atual ministro Edinho Silva no esquema.”
Acrescento:
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão,
comentou com os mais próximos, segundo a coluna Radar,
que Dilma Rousseff estava distante, preocupada e nada sorridente
durante o almoço oferecido pelo prefeito Eduardo Paes.
De fato, ela tem todos os motivos para estar assim.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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