Grupo Schahin vai processar Petrobras por rescisão de contratos de sondas
O Grupo Schahin, uma das companhias investigadas
pela Operação Lava Jato, que está em recuperação judicial,
informou nesta quinta-feira que vai ingressar imediatamente
com ações em tribunais brasileiros
contra decisão da Petrobras de encerrar contratos
de afretamento e serviços de cinco navios/plataformas.
"Caso não revertida, tal rescisão irá resultar na perda
de mais de mil postos de trabalho e em prejuízo superior
a 4 bilhões de reais para os credores e acionistas do Grupo Schahin",
afirmou a companhia em nota nesta quinta-feira,
destacando que "está confiante de que terá sucesso".
O contrato foi rescindido pela Petrobras unilateralmente em 21 de maio
, de acordo com a empresa fornecedora.
Procurada, a Petrobras afirmou que
"as rescisões dos contratos com a Schahin
foram motivadas por descumprimento
contratual e têm fundamento contratual expresso".
No início de abril, a Schahin comunicou à Petrobras
sobre a necessidade de parar temporariamente cinco
de suas seis embarcações sob contrato, para evitar potenciais problemas
operacionais decorrentes de falta de liquidez principalmente
devido à ação de execução por parte de um credor.
As embarcações paralisadas foram os navios-sonda Cerrado,
Sertão e Lancer e as plataformas semi-submersíveis Amazônia e Pantanal,
destacou a Schahin.
De acordo com a fornecedora, a paralisação estava amparada
por contratos fechados com a petroleira, que permitiam
uma pausa das operações por até 60 dias.
"Pouco tempo depois, a situação de liquidez do Grupo Schahin
melhorou em razão de um acordo consensual firmado com o referido credor,
o qual arrendava as plataformas Pantanal e Amazônia para o grupo",
afirmou a empresa em nota.
O acordo, segundo a nota da Schahin, permitiu a redução
de sua respectiva dívida em mais de 1 bilhão de dólares
, tendo ainda melhorado "significativamente" a capacidade
de gerar recursos por parte da Schahin.
Na última semana de abril, o grupo chegou
a informar à Petrobras que os seus navios estavam
prontos para retornar às operações, entretanto
, a petroleira interrompeu o contrato.
O Grupo Schahin ressaltou que continua a operar normalmente
sua outra embarcação, o navio-plataforma Vitória.
(Por Marta Nogueira)
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