Até o El País fala na decadência de Dilma.
Jornais brasileiros praticamente se calam.
ACENSURA DE DILMA
Foram
escassas - e praticamente sem destaque -
as notícias sobre a gigantesca
impopularidade de Dilma na imprensa brasileira.
Enquanto isso, até o
jornal El País-edição brasileira,
tão esquerdista e politicamente
correto quanto
a edição espanhola, destaca a decadência.
Os brasileiros estão cada vez mais pessimistas
e aprovam cada vez menos
Apenas 7,7% consideram sua gestão ótima ou boa,
enquanto que para 20,5%
é regular
e 70,9%, ruim ou péssimo.
Esta é a principal conclusão da
pesquisa
—realizada
entre 12 e 16 de julho deste ano com 2.002
pessoas em 135 municípios de
25 unidades federativas das cinco regiões do país—
, que também assegura
que 62,8% são favoráveis ao impeachment da presidenta
(32,1% são
contra)
e 69,9% conhecem alguém que perdeu seu trabalho nos últimos seis
meses
pela crise econômica.
Dessa forma, a avaliação do Governo Rousseff
atingiu o pior índice já
registrado pelo instituto desde
que começou a realizar pesquisas de
opinião em julho de 1998.
Até agora, o pior resultado pertencia
ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB),
que em setembro de 1999
possuía a aprovação de apenas 8% dos entrevistados.
A última pesquisa da entidade, realizada em março deste ano,
já
apontavam resultados nada satisfatórios para a presidenta,
que na
ocasião conseguiu a aprovação de apenas 10,8% dos entrevistados
enquanto
que 64,8% consideravam seu Governo ruim ou péssimo.
A pesquisa CNT/MDA
conclui que, dessa vez,
os brasileiros estão mais pessimistas devido ao
alto custo de vida,
ao aumento da inflação e do desemprego e
a "forte
percepção sobre a corrupção e a incapacidade do governo em resolvê-la".
Em dados concretos, 37,1% dos entrevistados
acreditam que a corrupção
é o principal problema do país enquanto que,
para 53,4%, é um dos
principais.
Além disso, 69,2% dizem que a presidenta Dilma Rousseff
é
uma das culpadas pela corrupção na Petrobras,
que está sendo investigada
pela Operação Lava Jato
—65%
também acreditam na culpabilidade
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT)—,
mas para 67,1% os envolvidos não serão punidos.
52,5%
tampouco acreditam que o Governo Federal
será capaz de combater a
corrupção na petroleira.
Nesse sentido, 62,8% dos entrevistados são a favor do impeachment da
presidenta
enquanto que 32,1%, contrários.
Para os que apoiam o
impeachment, 26,8% citaram como
motivo as irregularidades nas prestações
de contas do Governo (pedalas fiscais),
25% a corrupção na Petrobras e
14,2% as irregularidades nas contas
da campanha de 2014.
Mas para 44,6%
os três motivos justificam o impeachment.
Sobre uma reforma política no país, a maioria (67,5%)
se coloca a
favor do fim da reeleição para cargos eletivos
e 78,1% são contrários a
doação de empresas para campanhas políticas.
Crise e Desemprego
A pesquisa da CNT também mediu o pessimismo
com relação à economia do
país. Para 60,4%
dos 2.002 entrevistados, a crise econômica é mais
grave que a crise política
e 61,7% acreditam que serão necessários três
anos ou mais para
que país deixe o atual período de dificuldades.
Dessa
forma, a maioria pensa que o custo de vida irá aumentar em 2015
(44,3%
dizem que vai subir muito, enquanto que 31,6% afirmam que vai subir
muito)
e 86,9% admitiram uma redução em suas despesas devido à atual
situação econômica.
Além disso, 50% dos entrevistados temem ficar desempregados
devido ao
desaquecimento da economia (43,7% responderam que não)
e 69,9% conhecem
alguém que perdeu seu trabalho nos últimos seis meses.
A Lava Jato chegou a Portugal.
O Ministério Público português
investiga as negociações envolvendo a Vivo, Telefónica e a Oi.
O elo do escândalo é Otávio Azevedo
, ex-acionista da Portugal Telecom
e presidente da Andrade Gutierrez, e
Enrolado na Lava Jato preso pela PF.
—