TO CUT YOUR HEAD
Milícia digital
O PT de Minas Gerais, com o aval do governador Fernando Pimentel
, também na mira da Polícia Federal, está contratando especialista para
contra-atacar, nas redes sociais, sites e blogs que o criticam.
A primeira-dama Carolina Oliveira, também enrolada nas investigações
, é do ramo: trabalhou em Brasília com empresa que prestava
consultoria para mídias digitais. Esse tipo de ataque,
chamado de milícia digital, já usado em campanhas,
está paralisado pelo governo e até por Lula,
que acredita que perdeu sua força na internet.
Estréia
Hoje, Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht
e Otavio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez,
presos há quase um mês,
prestarão seus primeiros depoimentos em Curitiba.
Batendo na porta
E nem poderia ser diferente: com a proximidade do mês de agosto,
que tem fama de ser um período negro, nos círculos políticos proliferam as apostas.
Vão da prisão de José Dirceu ao indiciamento de Eduardo Cunha,
passando por busca e apreensão no Instituto Lula.
Na história política brasileira, agosto foi o mês do suicídio de Getulio (1954),
renuncia de Janio Quadros depois de sete meses na Presidência
e morte de JK num acidente de carro, só para começo de conversa.
Só que, esta semana, no café do Senado, alguém arriscava:
“Se julho está assim, imagine o que será agosto!”.
Não ouve
No almoço com Dilma e quatro ministros com Lula,
esta semana, em Brasília, a presidente falou pouco,
dedicando-se (e limitando-se) a ouvir uma saraivada de conselhos do ex-presidente.
No final, já se despedindo, Lula desabafou com o ministro Jaques Wagner
que quer colocar no lugar de Aloizio Mercadante:
“Ela escuta, mas não ouve”.
Mais: na mesma reunião,
criador e criatura chegaram a conclusão que,
em relação a Lava Jato, não podem fazer nada.
Perdas lá e cá
Também na reunião-almoço em Brasília, com Dilma e ministros,
Lula repetiu a frase que havia confidenciado até ao espanhol Felipe Gonzales,
há semanas: “Perdemos o Nordeste”. Nas pesquisas, os nordestinos,
incluindo os de baixa renda, condenam a gestão de Dilma.
Na mesma conversa, o ex-presidente ainda emendou:
“E estamos perdendo as industrias do Sudeste.
E vamos perder os bancos”.
A inclusão dos bancos nessas perdas deixou
os ministros presentes um tanto na dúvida.
De bike
Nas redes sociais, especialmente blogs de humor,
com direito a vários cartoons, um anda fazendo sucesso nesses dias:
mostra a presidente Dilma Rousseff ao telefone
com o senador Fernando Collor, que teve seus bólidos apreendidos pela PF
e aconselhando: “Faça como eu: vá de bicicleta”.
Se o Congresso pode ser revistado pela PF,
os palácios do Planalto e da Alvorada também
podem ser alvo de busca e apreensão?
A Procuradoria da
República no Distrito Federal confirmou
ontem que investiga o
ex-presidente Lula por tráfico de influência
em financiamentos do BNDES à
empreiteira Odebrecht no exterior.
É considerado “crime perfeito”: os
financiamentos do BNDES de obras no exterior
, em geral países sem órgãos
de controle, tinham longos prazos de carência
(em média 25 anos), sem
licitação, contratos “secretos”
protegidos por sigilo fiscal, e eram
“legalizados” por acordos bilaterais.
As operações do BNDES com outros governos
não passaram pelos órgãos de controle brasileiros (TCU, Ministério Público, etc).
Obras financiadas
pelo BNDES, em sua maioria feitas pela Odebrecht,
também não passaram
pelos órgãos brasileiros de fiscalização.
Apesar de o MPF
investigar o tráfico de influência de Lula
na República Dominicana e
Cuba,
estão na África os contratos mais elevados.
Ainda como
presidente, Lula garantiu dinheiro do BNDES
à Odebrecht em Angola (R$
1,6 bilhão) e República Dominicana (R$ 833 milhões).
Para parlamentares, a
Polícia Federal intensificará em agosto,
após o recesso, o cerco aos
políticos enrolados na Operação Lava Jato.
O medo no Congresso é tão
grande que alguns deputados
e senadores estão destruindo até arquivos de
celulares e computadores.
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