29/10/2014 às 15h44 (Atualizado em 29/10/2014 às 15h50)
Chuvas e secas podem deixar capixabas sem carne nas próximas semanas
29/10/2014 às 15h44 (Atualizado em 29/10/2014 às 15h50)
Presidente da Associação Capixaba dos
Criadores de Nelore,
Victor Paulo Silva Miranda, a tendência é
que o
preço da carne aumente ainda mais no Estado
Folha Vitória
Redação Folha Vitória
Segundo o vice-presidente
da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore,
Victor Paulo Silva Miranda,
a tendência é que o preço da carne aumente
ainda mais no Estado
Folha VitóriaAs intensas chuvas que atingiram o Espírito Santo, no final do ano passado,
provocaram alagamentos e prejuízos às pastagens, principalmente no norte do Estado.
No sul do Espírito Santo, houve um longo período de seca e acometimento das pragas
– lagarta militar ou cartucho – nas pastagens,
que estão provocando perdas no setor pecuário de corte.
Apesar da baixa oferta ser comum no período de entressafra,
os produtores registraram uma queda mais acentuada do rebanho.
Segundo o vice-presidente da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN),
Victor Paulo Silva Miranda, a tendência é que o preço da carne aumente ainda mais no Estado.
“O gado de confinamento está no final e entre 30 a 40 dias vai faltar carne.
Os Estados de São Paulo e Goiás já estão com o preço
mais alto que no Espírito Santo, onde registra-se um dos menores preços do país”,
alerta.
Com a escassez de chuvas falta alimento para o gado,
ocasionando grandes perdas nos rebanhos.
“Há pouco gado no pasto atualmente, além disso,
os animais estão magros e impróprios para comercialização e abate”,
explica o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar),
Neuzedino Assis.
Em fevereiro, a arroba custava R$ 100 e em outubro,
o valor foi de R$ 123, ou seja, 23% de aumento.
O mercado internacional e o crescimento de exportações
para a Rússia também influenciou o aumento.
De acordo com Neuzedino, mesmo com a expectativa de chuvas
para os próximos meses, apenas em janeiro as pastagens devem
começar a se recuperar e somente após o mês de março a oferta de animais
mais gordos vai começar a aparecer.
Antes disso, a produção será rapidamente absorvida
pelo mercado internacional, que é um grande comprador da carne brasileira.
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