BRASIL/ELEIÇÕES 2014
| N° Edição: 2343 | 17.Out.14 - 16:12 | Atualizado em 18.Out.14 - 12:26
Aécio está 13
pontos à frente de Dilma
Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra
o candidato tucano com 56,4% das intenções
de voto e a petista com 43,6%
Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre a terça-feira 14
e a sexta-feira 17 mostra a consolidação da liderança de Aécio Neves (PSDB)
sobre a petista Dilma Rousseff no segundo turno da sucessão presidencial.
De acordo com o levantamento, o tucano soma 56,4% dos votos válidos,
contra 43,6% da presidenta. Uma diferença de 12,8 pontos percentuais,
que representa cerca de 19,5 milhões de votos.
Se fossem considerados os votos totais, Aécio teria 49,7%; Dilma,
38,4%; e 12% dos eleitores ainda se manifestam indecisos
ou dispostos a votar em branco.
A pesquisa indica que nessa reta final da disputa os dois candidatos
já são bastante conhecidos pelos eleitores.
O índice de conhecimento de Dilma é de 94,4% e de Aécio, de 93,3%.
“Com os candidatos mais conhecidos,
a tendência é a de que o voto fique mais consolidado”,
afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.
O levantamento, que ouviu 2.000 eleitores de 24 Estados,
revela também a liderança de Aécio Neves quando
não é apresentado ao eleitor nenhum candidato.
Trata-se da chamada resposta espontânea.
Nesse quesito, o tucano foi citado por 48,7% dos entrevistados
e a petista, que governa o País desde janeiro de 2011, por 37,8%.
São Paulo (SP)
No maior colégio eleitoral, o PSDB
prepara uma vitória sem precedentes
prepara uma vitória sem precedentes
Realizada em 136 municípios, a pesquisa ISTOÉ/Sensus
também constatou que a campanha petista não conseguiu
reduzir o índice de rejeição à candidata Dilma Rousseff.
Quase metade do eleitorado, 45,4%, afirma que não admite
votar na presidenta de maneira alguma.
Com relação ao tucano, segundo o levantamento,
a rejeição é de 29,9%. “Isso significa que a margem de crescimento
da candidata Dilma é menor do que a de Aécio”, avalia Guedes.
Os números mostram, segundo a pesquisa,
uma forte migração para o senador tucano dos votos
que foram dados a Marina Silva (PSB) no primeiro turno.
“Hoje estamos juntos em torno de um programa para mudar o Brasil”,
disse Marina na sexta-feira 17, ao se encontrar com Aécio
em evento público na zona oeste de São Paulo.
Contagem (MG)
Petistas tentam evitar crescimento tucano na terra de Aécio
Desde 1989, quando o Brasil voltou a eleger diretamente o presidente da República,
é a primeira vez que um candidato que terminou
o primeiro turno em segundo lugar começa a última etapa da disputa na liderança.
A pesquisa Istoé/Sensus divulgada no sábado 11
já apontava esse movimento, quando revelou que Aécio
estava com 52,4% das intenções de voto.
Na última semana, os levantamentos que são feitos diariamente
pelo comando das duas campanhas também mostraram a liderança de Aécio.
É com base nessas consultas que tanto o PT como o PSDB
planejam a última semana de campanha.
E tudo indica que o tom será cada vez mais quente.
No PT há uma divisão.
Um grupo sustenta que a campanha deve aumentar o tom dos ataques
contra Aécio e outro avalia que a presidenta
deva imprimir um ritmo mais propositivo à campanha.
O mais provável, no entanto, é que a campanha de Dilma continue
a jogar pesado contra o tucano.
Segundo Humberto Costa, líder do PT no Senado,
o partido vai insistir na tese de que é necessário
“desconstruir a candidatura tucana”.
“Não basta ficar defendendo nosso governo”,
disse o senador na sexta-feira 17. Claro,
trata-se de um indicativo de que a campanha de Dilma
vai continuar usando a mesma tática.
“Se deu certo contra Marina, deverá dar certo contra Aécio”, afirmou Costa.
No QG dos tucanos, a ordem é não deixar nada
sem resposta e continuar mostrando ao eleitor
os inúmeros casos de corrupção que marcam as gestões petistas,
particularmente os quatro anos do governo de Dilma.
“Não podemos nos colocar como vítimas.
O que precisamos é mostrar nossas propostas,
mas em nenhum momento deixar de nos defender
com veemência das armações feitas pelos adversários”,
disse um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves.
“Marina tentou apenas fazer a campanha propositiva
e acabou atropelada pela máquina de calúnias do PT.
” Nessa última semana de campanha,
Aécio vai intensificar a agenda em Minas e no Nordeste,
principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará.
Não está descartada a possibilidade de que os nomes de novos ministros
venham a ser divulgados pelo candidato.
UNIDADE
Marina e Aécio se encontram
em São Paulo na sexta-feira 17
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