Após 3 anos,
obra milionária
da sede do TRT-ES
ainda não saiu do chão
Segundo construtora, foram identificadas falhas na primeira fase da obra.
Prazo de término era o último mês de setembro; prejuízo é de R$ 9 milhões.
Três anos após o início das obras, a nova sede de R$ 159 milhões do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES), na Enseada do Suá, em Vitória, ainda não saiu do chão. O prazo para término dos serviços era o último mês de setembro. O atraso começou depois que a construtora contratada para a execução identificou falhas na primeira fase da obra. Segundo o TRT-ES, foi contratada uma auditoria de São Paulo, por R$ 300 mil, que confirmou os erros na fundação. O novo prazo para a entrega do prédio é 2017.
De acordo com a construtora, uma das falhas está nas estacas de concreto que dão sustentação ao prédio. Um exemplo é a armação de ferro, que deveria estar no centro do concreto, e não ao lado, como foi colocada. “Fica sujeita à exposição em contato com o solo, podendo provocar oxidação e prejudicar a resistência da estaca, nesse caso. Isso não dá condições para a gente, em critério técnico de engenharia, validar a fundação para dar segurança estrutural para o prédio”, disse o engenheiro do TRT-ES Rômulo Cruz.
O tribunal pagou R$ 4 milhões pelo serviço que, segundo o órgão, não deu certo. A empresa que ganhou a licitação e fez o projeto é do Paraná e nega qualquer falha. “Em nenhum momento houve comprovação de que a NBC tenha errado. E a gente acha muito estranho eles jogarem tudo isso fora, jogar fora uma fundação que está pronta, para contratar um outro profissional e executar uma fundação nova. A gente não entende por que chegaram a esse ponto”, falou o arquiteto da empresa Luiz Alberto Círico.
A empresa que executou o serviço, Delta Engenharia, também negou ter cometido falhas, mas uma auditoria realizada por um instituto de São Paulo confirmou os erros na fundação do prédio. Um novo projeto foi feito e a obra, que ficou um ano e meio parada, recomeçou.
A empresa que executou o serviço, Delta Engenharia, também negou ter cometido falhas, mas uma auditoria realizada por um instituto de São Paulo confirmou os erros na fundação do prédio. Um novo projeto foi feito e a obra, que ficou um ano e meio parada, recomeçou.
Até este mês de outubro, o prejuízo é de R$ 9 milhões, mas, a cada dia de atraso, aumentam os gastos, porque o terreno onde o prédio vai ser erguido é um aterro. Para evitar que a área fique alagada, é preciso que máquinas funcionem sem parar.
O presidente do TRT-ES disse que, até o final deste ano, o tribunal vai concluir uma investigação para cobrar dos responsáveis os prejuízos com a obra. “Com certeza, isso não sairá da conta do contribuinte, porque nós já temos uma investigação em andamento que apontará os causadores desse prejuízo”, afirmou Marcelo Mancilha.
* Com colaboração de Mário Bonella, da TV Gazeta
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