SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014
Praga petista destrói a economia: previsão do PIB cai para 0,3%.
Economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) neste ano. De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a expectativa é agora de alta de só 0,3%, levemente inferior à previsão de 0,33% da semana passada. Para o ano que vem, a estimativa também foi cortada, de 1,04% para 1,01%.
Foi a 17ª queda consecutiva da projeção para o crescimento do país. Entre os indicadores acompanhados pela pesquisa do BC, o destaque é a produção industrial, que deve encerrar o ano com perdas de 1,94%, número levemente melhor que os 1,98% apontados na semana anterior, mas ainda no terreno negativo.
Os ajustes ainda são influenciados pela queda de 0,6% do PIB no segundo trimestre e pela revisão dos dados do trimestre anterior, que levaram o país à chamada recessão técnica, quando há dois resultados negativos seguidos. Para o terceiro trimestre, no entanto, a expectativa é de leve recuperação, segundo Octávio de Barros, diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco.
“Após a leitura do PIB referente ao segundo trimestre exibir retração da atividade econômica no período, projetamos leve e gradual recuperação neste trimestre. Essa também deve ser a leitura do Banco Central, que divulgará nesta semana seu relatório trimestral de inflação, contendo a atualização do seu cenário prospectivo para a inflação e atividade econômica brasileira”, afirmou o economista em relatório enviado a clientes.
PROJEÇÃO PARA INFLAÇÃO TEM LEVE ALTA
O relatório mostrou ainda um leve aumento da mediana das projeções para a inflação neste ano, de 6,29% para 6,3%. Segundo os dados mais recentes do IBGE, o IPCA, que mede a alta de preços oficial no país, está acumulado em 6,51% nos 12 meses encerrados em agosto, levemente acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%. Neste domingo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a inflação voltará a ficar dentro do limite entre novembro e dezembro.
Ainda de acordo com o boletim Focus, os analistas esperam que a taxa básica de juros seja mantida em 11% ao ano. Para o ano que vem, a previsão para a Selic ficou em 11,25% ao ano, uma redução frente às semanas anteriores. Há um mês, a expectativa era que a taxa referencial encerrasse 2015 em 12% ao ano.(O Globo)
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