segunda-feira, 15 de junho de 2015
Incidente diplomático à vista: ditadura venezuelana
proíbe pouso no país de comitiva de senadores liderada pelo PSDB.
Segundo Lauro Jardim, da Veja, a Venezuela negou autorização
à Força Aérea Brasileira de pousar um
jato na próxima quinta-feira
com senadores que vão àquele país conversar
com presos políticos
do governo Maduro. Senadores buscam uma solução alternativa para a viagem.
(Estadão) Senadores do PSDB irão liderar uma comitiva da
Casa
que desembarca em
Caracas na quinta-feira, 18, para um gesto político de apoio
à oposição
da Venezuela. Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG),
a frente será
"suprapartidária" e tem como objetivo preencher a lacuna
deixada pelo
governo brasileiro, que apoia a gestão de Nicolás Maduro.
Na foto, a
visita das esposas de presos políticos ao Brasil em maio passado.
"Nós estaremos, na verdade, suprindo, com nosso gesto,
a
gravíssima omissão do governo brasileiro em relação a essa questão.
Não
estamos falando de A ou B, estamos falando de respeito à democracia
e
às liberdades", afirmou.
Aécio também afirmou que a viagem atende a um pedido de Lilian
Tintori,
mulher do oposicionista venezuelano Leopoldo López, que está
preso
desde fevereiro de 2014.
Ela esteve no Brasil no mês passado
e se
encontrou com diversos parlamentares.
A visita fez parte de uma campanha
internacional que pede
a libertação do seu marido e de outros supostos
presos políticos.
Segundo Aécio, López está em greve de fome há 22 dias
para
pressionar o governo venezuelano a marcar a data das eleições
parlamentares daquele país, o que, pela previsão inicial,
deveria
acontecer no segundo semestre.
"Eu tenho dito que quando se fala em democracia e em liberdade
não há que se respeitar fronteiras.
Vamos, portanto, um grupo
suprapartidário,
de forma absolutamente respeitosa, dizer que na nossa
região
o tempo do autoritarismo já passou. É hora de fortalecermos
a
democracia e a democracia pressupõe respeito ao contraditório", afirmou o
tucano.
A viagem está sendo organizada pelo senador Aloysio Nunes,
presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.
Segundo
ele, alguns membros de partidos da base devem integrar
a comitiva, mas
nenhum senador do PT manifestou interesse até agora.
Quando o grupo de mulheres de presos políticos estiveram no
Brasil,
elas foram recebidas por um integrante do Itamaraty.
O ministro
das Relações Exteriores, Mauro Vieira,
também convocou uma coletiva para
comentar o assunto
e cobrou que o governo do país vizinho convocasse
as
eleições no "menor prazo possível".
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