Concepção artística mostra o vírus HIV (Foto: SKU/Science Photo Library)
para elaboração de vacina efetiva contra Aids.
Um grupo de cientistas desenvolveu uma vacina experimental
que pode gerar em roedores os anticorpos necessários
para neutralizar o vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids.
Essa inovação foi publicada nesta quinta-feira (18)
nas revistas especializadas "Cell" e "Science"
em três estudos elaborados por cientistas de duas instituições
dos Estados Unidos, o Instituto de Pesquisas Scripps (TSRI)
e a Universidade Rockefeller, assim como
pela Iniciativa Internacional da Vacina da Aids (IAVI).
A descoberta pode contribuir com informações cruciais
para a elaboração de uma vacina efetiva contra a Aids,
segundo os autores.
A natureza do HIV para sofrer mutação assim que entra
em um corpo representou uma grande frustração para
os pesquisadores da vacina contra o vírus, que tiveram
dificuldades para decifrar esse comportamento.
Historicamente, os esforços se centraram em criar uma imunização
que permita desenvolver anticorpos que protejam
contra diferentes versões do vírus, mas sempre culminaram
em tentativas fracassadas nos testes pré-clínicos e clínicos.
Nos últimos anos, no entanto, os cientistas se deram conta
de que uma pequena fração das pessoas que vivem com o HIV
desenvolvem anticorpos amplamente neutralizantes,
e estes são muito potentes contra diferentes variantes do vírus.
Agora, a inovação publicada na "Cell" e na "Science" mostra
que é possível gerar estes anticorpos em roedores através de uma sucessão de vacinas.
Os ratos não recebem o HIV ou uma infecção equivalente,
por isso os cientistas ressaltam a necessidade de provar
se este novo enfoque oferece proteção aos seres humanos.
"Os resultados são muito espetaculares",
afirmou um dos pesquisadores, Dennis Burton,
presidente de Departamento de Imunologia
e Ciência Microbiológica do TSRI e
colíder de uma das pesquisas divulgadas na "Science".
"A vacina parece funcionar bem em nosso
modelo de rato para provocar a resposta anticorpos",
ressaltou seu colega do TSRI, o professor David Nemazee,
A equipe de Burton usou uma proteína, o imunógeno
eOD-GT8 60mer, que é uma nanopartícula criada para ativar
células necessárias na luta contra o HIV. No estudo publicado na "Cell"
, codirigido pelo professor William Schief, da IAVI,
os especialistas usaram também a eOD-GT8 60mer,
mas com um modelo de rato diferente.
Essa proteína "de novo impulsionou o sistema imunológico",
indicou Schief. Em um terceiro estudo divulgado na "Science",
os cientistas utilizaram outros imunógenos
que também provocaram uma reação de imunidade em coelhos e primatas.
Cientistas criam vacina
experimental que gera
anticorpos do HIV em roedor
Descoberta pode contribuir
para elaboração de vacina efetiva contra Aids.
Estudos foram publicados nas revistas 'Cell' e 'Science'.
Um grupo de cientistas desenvolveu uma vacina experimental
que pode gerar em roedores os anticorpos necessários
para neutralizar o vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids.
Essa inovação foi publicada nesta quinta-feira (18)
nas revistas especializadas "Cell" e "Science"
em três estudos elaborados por cientistas de duas instituições
dos Estados Unidos, o Instituto de Pesquisas Scripps (TSRI)
e a Universidade Rockefeller, assim como
pela Iniciativa Internacional da Vacina da Aids (IAVI).
A descoberta pode contribuir com informações cruciais
para a elaboração de uma vacina efetiva contra a Aids,
segundo os autores.
A natureza do HIV para sofrer mutação assim que entra
em um corpo representou uma grande frustração para
os pesquisadores da vacina contra o vírus, que tiveram
dificuldades para decifrar esse comportamento.
Historicamente, os esforços se centraram em criar uma imunização
que permita desenvolver anticorpos que protejam
contra diferentes versões do vírus, mas sempre culminaram
em tentativas fracassadas nos testes pré-clínicos e clínicos.
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Neutralizador potenteNos últimos anos, no entanto, os cientistas se deram conta
de que uma pequena fração das pessoas que vivem com o HIV
desenvolvem anticorpos amplamente neutralizantes,
e estes são muito potentes contra diferentes variantes do vírus.
Agora, a inovação publicada na "Cell" e na "Science" mostra
que é possível gerar estes anticorpos em roedores através de uma sucessão de vacinas.
Os ratos não recebem o HIV ou uma infecção equivalente,
por isso os cientistas ressaltam a necessidade de provar
se este novo enfoque oferece proteção aos seres humanos.
"Os resultados são muito espetaculares",
afirmou um dos pesquisadores, Dennis Burton,
presidente de Departamento de Imunologia
e Ciência Microbiológica do TSRI e
colíder de uma das pesquisas divulgadas na "Science".
"A vacina parece funcionar bem em nosso
modelo de rato para provocar a resposta anticorpos",
ressaltou seu colega do TSRI, o professor David Nemazee,
A equipe de Burton usou uma proteína, o imunógeno
eOD-GT8 60mer, que é uma nanopartícula criada para ativar
células necessárias na luta contra o HIV. No estudo publicado na "Cell"
, codirigido pelo professor William Schief, da IAVI,
os especialistas usaram também a eOD-GT8 60mer,
mas com um modelo de rato diferente.
Essa proteína "de novo impulsionou o sistema imunológico",
indicou Schief. Em um terceiro estudo divulgado na "Science",
os cientistas utilizaram outros imunógenos
que também provocaram uma reação de imunidade em coelhos e primatas.
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