Fora Lula,
FORA DILMA
FORA PT
O PT não tem candidato para as eleições presidenciais de 2018.
O ex-presidente é o único nome que resta ao partido.
Entenda o caso no 'Aqui Entre Nós',
com Augusto Nunes e Marco Antonio Villa.
SEXTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2015
Lava Jato ainda não investigou nem 25% da corrupção nas estatais, afirma procurador do MPF.
Em entrevista ao O Globo, Procurador da República,
Carlos Fernando Lima revela que, um ano depois,
a Lava-Jato ainda tem fôlego para denunciar empresários e políticos.
A Operação Lava-Jato já está em sua 14ª fase. Quais os próximos passos?
Nós não denunciamos ainda nem 25% (dos investigados)
do esquema envolvendo as diretorias básicas da Petrobras, de Serviços e Abastecimento
. Ainda temos a parte das sondas, da área internacional
do (Nestor) Cerveró e (Jorge Luiz) Zelada.
Temos que fechar uma investigação na área de comunicações
, que teve informações prestadas pela (ex-gerente) Venina Velosa.
E temos a parte de investigação que resultou na prisão
do (ex-deputado) André Vargas e do (publicitário) Ricardo Hoffmann,
envolvendo a comunicação da Caixa e do Ministério da Saúde.
E ainda a questão do cartel em Angra 3 e algo semelhante em Belo Monte.
Como viu o pedido de habeas corpus feito ontem em favor do ex-presidente Lula?
Achei muito divertido. A peça beira a ofensa pessoal ao juiz Sérgio Moro.
Coisa absurda os termos da peça. Até porque não há uma investigação
envolvendo a pessoa do ex-presidente. O que temos é a investigação
de diversos prestadores de serviços para as empreiteiras.
Nesse âmbito, surgiu a empresa Lils, que seria do ex-presidente Lula.
Mas isso não é suficiente. Entre as diversas empresas prestadoras
de serviço que estão sendo investigadas está a do Lula. Agora,
o método de lavagem de dinheiro é a prestação de serviços.
No caso da Lils, sabemos que o ex-presidente faz palestras efetivamente.
O senhor acha que o dinheiro que o ex-presidente
e o Instituto Lula recebem de empreiteiras tem algo de ilegal?
Precisamos analisar isso com cuidado.
Enquanto a prestação de serviços exige contrapartida comercial,
para o instituto não há efetivamente uma contrapartida, é uma doação.
Então vamos precisar analisar com cuidado esses valores
e as motivações que foram dadas para os pagamentos dessas doações.
As investigações agora podem chegar a nomes de novos políticos?
A investigação de políticos com foro privilegiado não é nossa.
É do STF. Se aparecer algum nome de político, vamos mandar para o STF
. Eu acredito que sim (que surgirão novos nomes).
Sempre que apuramos novo esquema criminoso,
ele revela a participação de políticos com foro privilegiado.
Qual sua avaliação sobre o bilhete de Marcelo Odebrecht
escrito na carceragem da PF falando em “destruir email sondas”?
A Polícia Federal fez bem de tirar uma cópia do documento.
É praxe na PF. Não aconteceu somente com o bilhete do Marcelo.
É praxe de todo o sistema penitenciário.
Todas as cartas passam por controle dos agentes.
Em segundo lugar, quando um policial vê uma frase como essa
falando em destruir um e-mail, no sentido de destruir provas,
ele tem obrigação de investigar. Se a defesa quer interpretar,
dizendo que o destruir é no sentido jurídico, isso será avaliado em inquérito policial.
A defesa alega que destruir significa contestar.
Então vamos investigar se houve atentado à lei penal ou ao português.
Mas que houve algo estranho houve.
Não vou dizer que não tenha o sentido que a defesa quer dar,
mas de qualquer maneira este primeiro momento é de investigar.
Não podemos fingir que nada aconteceu.
Também ninguém pegou o bilhete e levou ao dr. Moro pedindo
a extensão da preventiva do Marcelo Odebrecht por causa do bilhete.
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