quinta-feira, 25 de junho de 2015
Lula entra com habeas corpus preventivo
para não ser preso e ficar em silêncio na Lava Jato? Confere, produção?
CONSULTOR ENTRA COM HABEAS CORPUS PREVENTIVO EM FAVOR DE LULA NA JUSTIÇA FEDERAL DO PARANÁ
A
Justiça Federal no Paraná recebeu na quarta-feira, 24,
um pedido de
habeas corpus preventivo para
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A medida impetrada por Mauricio Ramos Thomaz,
que se apresenta como
consultor, busca evitar eventual
ordem de prisão contra ex-presidente no
âmbito
Operação Lava Jato.
Nos
autos da Lava Jato, oficialmente,
não há nenhum indicativo de
investigação sobre
o ex-presidente no esquema de corrupção na
Petrobrás.
O ex-presidente nega que seja o autor do pedido.
Segundo
a assessoria de imprensa do instituto,
a equipe do ex-presidente está
averiguando quem é o autor da ação.
O Instituto Lula trabalha com duas
hipóteses:
a primeira de que seja algum simpatizante
que tomou a
iniciativa sem consultar o ex-presidente.
E a segunda, em sentido
oposto,
de que seja uma provocação de algum adversário
interessado em
desgastar politicamente
o ex-presidente e envolvê-lo na operação Lava
Jato.
O
Instituto Lula informou achar “estranho”
o fato de que o senador Ronaldo
Caiado (DEM-GO)
tenha divulgado a informação em suas redes sociais
antes mesmo de o habeas corpus ter sido revelado
pela imprensa ou o
instituto ter sido consultado.
Ainda de acordo com o instituto,
Lula
soube do habeas corpus por meio da imprensa.
O
senador Ronaldo Caiado disse que apenas tornou público
o teor do habeas
corpus.
“Quem entrou com o habeas corpus não é problema meu”.
Há cerca de 15 dias,
pagou R$ 3 milhões para o
Instituto Lula
e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e
Publicidade,
de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de
2011 e 2013.
Foi a primeira vez que os negócios do ex-presidente
apareceram nas investigações da Operação Lava Jato,
que apura um esquema
de cartel e corrupção na Petrobrás
com prejuízo de R$ 6 bilhões já
reconhecidos pela estatal.
São
três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados
como “Contribuições e
Doações”
e “Bônus Eleitoral” para o Instituto,
aberto por Lula após ele
deixar a Presidência da República, em 2011.
A revelação sobre o elo da
empreiteira –
uma das líderes do cartel alvo da Lava Jato –
com Lula
consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal,
anexado nesta
terça-feira, 9, nos autos da investigação.
Na ocasião, o Instituto Lula e a Camargo Corrêa
se manifestaram. Veja o que cada um informou:
COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA
O
Instituto Lula informou,
por meio de sua assessoria de imprensa,
que os
valores registrados na contabilidade da Camargo Corrêa
foram doados
legalmente e que não existe relação
entre a entidade e questões
eleitorais.
“O
Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral,
tampouco emite
bônus eleitorais,
o que é uma prerrogativa de partidos políticos,
portanto deve ser algum equívoco.”
Segundo
a assessoria do Instituto,
“os valores citados no seu contato foram
doados para o Instituto Lula para a manutenção
e desenvolvimentos de
atividades institucionais,
conforme objeto social do seu estatuto,
que
estabelece, entre outras finalidades,
o estudo e compartilhamento de
políticas públicas
dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no
mundo”.
Quanto
aos valores para a empresa do ex-presidente
a assessoria informou que
“os três pagamentos para a LILS
são referentes a quatro palestras feitas
pelo ex-presidente,
todas elas eventos públicos e com seus respectivos
contratos”.
“Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados,
declarados e recolhidos os impostos devidos.”
A nota
informa ainda que “as doações ao Instituto Lula e as palestras do
ex-presidente não tem nenhuma relação com contratos da Petrobrás”.
COM A PALAVRA, A CAMARGO CORRÊA
“A
Construtora Camargo Corrêa esclarece que
as contribuições ao Instituto
Lula referem-se
a apoio institucional e ao patrocínio de
palestras do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior.”
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